RESUMO
Objetivo: Descrever evidências de confiabilidade da Phone Screening Interview (PSI), uma entrevista para rastreio telefônico de sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) de fácil aplicação, capaz de investigar sintomas de TEA leve a moderado, aplicável a crianças verbais e não verbais e consistente com os critérios diagnósticos do DSM-5.
Métodos: Sessenta e oito pais de crianças com idade entre 2 e 15 anos atendidas pelo Ambulatório de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro foram entrevistados por meio da PSI, tanto de maneira presencial quanto telefônica.
Resultados: As médias da pontuação total da aplicação presencial e telefônica foram comparadas, não sendo obtidas diferenças significativas. A análise de concordância entre os itens apontou três itens com valores muito baixos, levando à modificação de algumas perguntas, culminando em uma nova versão, para estudos posteriores. Diante da discordância de valores encontrada, foi verificado que a ordem de aplicação das entrevistas não impactaria os resultados, demonstrando fortes correlações entre as entrevistas, mesmo com ordem de aplicação diferente. Para viabilizar o uso da escala por diferentes examinadores, investigou-se a confiabilidade interobservadores, que não mostrou diferenças significativas nas médias.
Conclusão: O estudo sugere que a entrevista telefônica pode ser utilizada de forma semelhante à presencial, por diferentes avaliadores, sem impacto em sua eficiência na detecção de sintomas de TEA.
PALAVRAS-CHAVE Transtorno do espectro autista; triagem telefônica; rastreio; sinais de alerta; não verbais