RESUMO
Introdução:
O carcinoma do canal anal é uma neoplasia rara, representando 2% dos tumores digestivos, sendo o epidermóide o mais comum com uma incidência crescente.
Objetivo:
Este estudo pretende elucidar sobre a etiopatogenia desta patologia cada vez mais prevalente, assim como atualizar sobre o tratamento e prognóstico.
Métodos:
Pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed, incluindo artigos de 2005 a 2015, assim como artigos de pesquisa cruzada com os artigos iniciais.
Resultados:
Diversos estudos provam o papel do HPV como um fator de risco major no desenvolvimento de carcinoma epidermóide do canal, assim como uma maior prevalência desta neoplasia na população HIV positiva e nos que praticam sexo anal recetivo. O tratamento continua a ser desde há duas décadas a quimioradioterapia, reservando a resseção abdominoperineal para casos de falência do tratamento ou recorrência. A evidência avança no sentido de adequar o tratamento a cada doente, tendo em conta fatores prognósticos individuais e as características biológicas do tumor.
Conclusões:
O carcinoma epidermóide do canal anal é uma neoplasia associada ao HPV, logo deveria iniciar-se programas de rastreio e vacinar o sexo masculino como prevenção. Muitos estudos são necessários para evoluir no tratamento, assim como na avaliação das características biológicas do tumor.
Palavras-chave:
Carcinoma escamoso; Canal anal; HPV; HIV