OBJETIVO:
determinar quais os fatores preditivos de não fechamento do estoma desfuncionalizante na retossigmoidectomia anterior para tratamento do adenocarcinoma de reto.
MÉTODO:
estudo de Coorte retrospectivo dos pacientes submetidos a retossigmoidectomia anterior e estoma derivativo em período de nove anos. Comparou-se o grupo que fechou o estoma derivativo (Grupo A) com o grupo que não fechou (Grupo B) através de análise uni e multivariada.
RESULTADOS:
foram estudados 81 pacientes, cuja média de idade foi de 61 ± 11 anos, com predomínio de mulheres (55,6%). Tumor de reto médio (66,6%), pT3 (59,2%) e pN0 (71,6%) foram os mais freqüentes. A anastomose mecânica foi a mais realizada (65,4%), assim como transversostomia em alça (80,2%). Sessenta e cinco pacientes (80,2%) fecharam o estoma. O tempo médio de fechamento foi 8,7 ± 4,4 meses. Os fatores de risco independentes de não fechamento do estoma foram complicações da anastomose (p = 0,008) e do seguimento (p = 0,007).
CONCLUSÃO:
complicações da anastomose e do seguimento são fatores que podem justificar a permanência do estoma pós-retossigmoidectomia para tratamento do adenocarcinoma retal.
Câncer retal; Cirurgia; Complicações; Estoma cirúrgico; Anastomose cirúrgica