Resumo
Introdução O exame proctológico, apesar de profundamente íntimo e de lidar com área do corpo na qual imperam preconceitos, tabus e constrangimento, podendo inclusive relacionar-se a traumas prévios, é de suma importância para a investigação de pacientes com sintomas que predizem patologias associadas ao cólon distal, reto e ânus.
Objetivos Analisar todos os casos de retossigmoidoscopias rígidas realizadas de forma agendada pelo serviço de Coloproctologia do Hospital Santa Marcelina em 8 de seus 10 anos de residência médica na especialidade.
Materiais e métodos Analisou-se a média de idade, distribuição por sexo, altura de alcance do aparelho em relação à borda anal, percentagem de exames anormais com estratificação quando realizado ou não a anuscopia e retossigmoidoscopia e as principais doenças detectadas.
Resultados Foram avaliadas 844 retossigmoidoscopias rígidas realizadas pelo serviço de Coloproctologia do Hospital santa Marcelina, de forma agendada, entre setembro de 2006 e agosto de 2014. A distribuição foi semelhante entre os sexos e a média de idade foi de 51,2 anos. Com relação à altura em relação à borda anal, estratificou-se esses valores em maior que 15 cm, entre 10 e 15 cm da borda anal e alcance inferior a 10 cm da borda anal. Em 692 exames foi possível alcance superior a 15 cm da borda anal (82% das RR), em 94 (11,1%) entre 10 e 15 cm, e em 58 (6,9%) exames, abaixo de 10 cm.
Conclusão Verificou-se em nosso estudo que o exame proctológico e a retossigmoidoscopia rígida são mandatório em casos de sintomatologia que assim o necessitem.
Palavras-chave Exame proctológico; Retossigmoidoscopia rígida; Diagnóstico