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Resultados funcionais após tratamento de câncer retal

INTRODUÇÃO:

Com o aumento da sobrevida após câncer retal, o resultado funcional se tornou cada vez mais importante. Após ressecção com preservação do esfíncter, muitos pacientes sofrem de disfunção intestinal com um impacto sobre a qualidade de vida (QdV) - denominada síndrome da ressecção anterior baixa (LARS).

OBJETIVO DO ESTUDO:

Fornecer uma visão geral do conhecimento atual da LARS com relação à sintomatologia, à ocorrência, aos fatores de risco, à fisiopatologia, aos instrumentos de avaliação e às opções de tratamento.

RESULTADOS:

A LARS é caracterizada por movimentos intestinais repentinos e frequentes, dificuldades de esvaziamento e incontinência e ocorre em até 50-75% dos pacientes em longo prazo. Os fatores de risco conhecidos são anastomose baixa, radioterapia, lesão direta do nervo e anastomose direta. A fisiopatologia parece multifatorial, com elementos de disfunção anatômica, sensorial e da motilidade. O uso de instrumentos validados para avaliação da LARS é essencial. Atualmente, não há comprovações de tratamento da LARS. Ainda hoje, a irrigação transanal e a estimulação do nervo sacral são comprometidas.

CONCLUSÃO:

A LARS é um problema comum após ressecção com preservação do esfíncter. Todos os pacientes devem ser informados sobre o risco de LARS antes da cirurgia, e o rastreamento da LARS deve ser rotineiro após a cirurgia. Pacientes com LARS severa devem receber tratamento para melhorar a QdV. O foco futuro deve ser nas possibilidades de tratamento sem ressecção a fim de evitar a LARS.

Câncer retal; LARS; Disfunção intestinal; Resultado funcional; Qualidade de vida


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