Objetivo:
Avaliar os efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes do SCF em modelo de colite de exclusão.
Método:
Trinta e seis ratos, foram submetidos a derivação intestinal por colostomia terminal no cólon descendente e fistula mucosa distal. Os animais foram divididos em 3 grupos experimentais segundo receberem clisteres diários com SF 0,9%, SCF 1 g/kg/dia ou SCF 2 g/kg/dia. Cada grupo foi dividido em dois subgrupos segundo a eutanásia ser realizada após 2 ou 4 semanas da derivação. O grau de inflamação tecidual foi avaliado por estudo histológico e a infiltração neutrofílica pela expressão tecidual de mieloperoxidase (MPO) identificada por imunoistoquímica e quantificada por morfometria computadorizada. O estresse oxidativo foi mensurado pelo conteúdo de malondialdeído (MDA). Para análise dos resultados utilizou-se os teste t de Student, e ANOVA, estabelecendo-se para todos os testes nível de significância de 5% (p < 0,05).
Resultados:
A intervenção com SCF melhorou o grau de inflamação tecidual relacionando-se a concentração utilizada e ao tempo de intervenção. A intervenção com SCF reduziu os níveis teciduais de MPO, independente da concentração ou do tempo de intervenção (p < 0,01). Houve redução dos níveis de MDA nos animais irrigados com SCF, independente da concentração ou tempo de intervenção (p < 0,01).
Conclusão:
Enemas com SCF reduzem o processo inflamatório, infiltrado neutrofílico e estresse oxidativo no cólon excluso sugerindo que a substância possa se tornar uma opção terapêutica válida para o tratamento da colite de exclusão.
Sucralfato; Mieloperoxidase; Malondialdeído; Peroxidação dos lípidos; Estresse Oxidativo; Ácidos graxos de cadeia curta(AGCC); Ratos