Introdução:
A morbi-mortalidade de pacientes submetidos à reconstrução de trânsito intestinal alcança valores significativos e, por esse e outros fatores, talvez se explique o fato que de 30 a 60% dos portadores de ostomia intestinal terminal passam a possuí-la de maneira definitiva, apesar de, na maior parte das vezes, ela ser realizada como procedimento provisório com o argumento de maior segurança do paciente.
Objetivo:
Analisar retrospectivamente os dados de prontuário de pacientes submetidos à reconstrução de trânsito intestinal em um dos hospitais de referência do SUS na cidade de São Paulo no período de outubro de 2008 a dezembro de 2011.
Resultados:
A média de idade dos pacientes foi de 53,9 anos e 54% dos 100 pacientes estudados no período de outubro de 2008 e dezembro de 2011 padeciam de alguma comorbidade. A indicação para confecção da ostomia inicial decorreu de doença maligna em 43% e o tempo médio de permanência com o estoma foi de 14,3 meses. A taxa de mortalidade foi de 6%.
Conclusão:
Embora a reconstrução do trânsito intestinal seja um procedimento bastante desejado pelos pacientes, sua indicação deve ser bastante criteriosa, com consentimento adequado por parte do paciente.
Ostomia; Reconstrução de trânsito intestinal; Morbi-mortalidade