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Tumores neuroendócrinos do apêndice: abordagem e tratamento

RESUMO

A incidência de tumores no apêndice tem aumentado ao longo dos anos, principalmente encontrados no exame anatomopatológico dos apêndices operados por apendicite aguda. A incidência anual de tumores neuroendócrinos do apêndice, também designados por tumores carcinoides é de 0,15 a 0,16 por 100.000 pessoas. Em termos absolutos, a incidência destes tumores tem aumentado na última década em 70% a 133%. Os tumores carcinoides do apêndice ocorrem mais em mulheres e são encontrados em 0,3%‒0,9% dos apêndices removidos em apendicectomias. Têm origem nas células neuroendócrinas subepiteliais e apresentam um curso indolente, sendo os sintomas indistinguíveis de uma apendicite aguda. Existem duas classificações, a apresentada pela ENETS (European Neuroendocrin Tumor Society) e da AJCC (American Joint Committee on Cancer). Ambas as classificações utilizam o tamanho do tumor como preditor de carga tumoral. A classificação utilizada pela ENETS recorre ainda à invasão do mesoapêndice para selecionar o melhor tratamento cirúrgico. Contudo, estas classificações necessitam incluir mais critérios para definir a escolha do tratamento cirúrgico de tumores entre 1‒2 cm. Assim, para além do tamanho do tumor e da invasão do mesoapêndice, outros fatores como a invasão vascular, o ki67, o índice mitótico e a localização do tumor devem ser considerados no momento da classificação, para uma melhor seleção do tratamento e avaliação prognóstica.

Palavras-chave:
Apêndice; Tumores neuroendócrinos; Carcinoides; Apendicectomia; Hemicolectomia direita

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