Resumo
Introdução:
É importante caracterizar os problemas de saúde mental dos pacientes, considerando-se a associação entre estabilidade mental e expectativa de vida. O presente estudo foi realizado para determinar a prevalência de ideação suicida e desesperança em pacientes ostomizados.
Métodos:
Uma estratégia de método misto (análise transversal e de conteúdo qualitativo) foi realizada em hospitais educacionais em Teerã em 2019. Foram utilizados os questionários de auto-avaliação de Beck sobre Ideação Suicida (19 itens) e Desesperança (20 itens); além disso, os participantes foram entrevistados de forma não estruturada para a coleta de dados. Os dados foram expressos em frequência e porcentagem e o teste t para amostras independentes foi aplicado. O software SPSS v. 16.0 foi utilizado para análise estatística e uma análise de conteúdo convencional foi realizada.
Resultados:
Três meses após a cirurgia, 3% dos entrevistados apresentaram baixa ideação suicida e 97%, ideação suicida de alto risco. Seis meses após a cirurgia, 16% apresentaram poucos pensamentos suicidas e 84%, pensamentos suicidas de alto risco. Quanto à desesperança, três meses após a cirurgia, 20% apresentaram desesperança leve, 79%, moderada e 1%, grave. Seis meses após a cirurgia, 11% se declararam desesperançosos, 31%, levemente decepcionados e 58%, moderadamente decepcionados. Os resultados da avaliação qualitativa apontaram três categorias principais: suportar o sofrimento inicial, isolamento social e atraso na admissão de ostomia.
Conclusão:
A melhora relativa da ideação suicida e da desesperança no presente estudo indica que estado mental dos pacientes ostomizados requer uma atenção mais cuidadosa.
Palavras-chave:
Saúde mental; Ideação suicida; Esperança; Ostomia