A evisceração intestinal desenvolvida no sítio de um estoma é um evento raro, tendo elevada morbimortalidade. Sua manifestação clínica ocorre frequentemente entre o sexto e o sétimo dias de pós-operatório. Os fatores de risco mais frequentemente relacionados à evisceração são: aumento da pressão intra-abdominal, câncer do aparelho digestório, cirurgia de urgência e estomias na incisão cirúrgica. Os autores relatam o caso de um paciente do sexo masculino, com 62 anos, portador de adenocarcinoma do reto médio com abdômen agudo obstrutivo, sendo submetido à transversostomia em alça, com finalidade descompressiva. No quarto dia de pós-operatório com crise de broncoespasmo, apresentou evisceração do cólon e íleo pelo orifício abdominal colostômico. A associação de alguns fatores desencadeantes, como a cirurgia de urgência, a doença neoplásica colorretal maligna, o aumento da pressão intra-abdominal e a falha técnica na confecção da colostomia, foram determinantes para o desenvolvimento desta rara complicação pericolostômica.
deiscência; evisceração; colostomia; técnicas de fechamento de ferimentos; complicações