RESUMO
Dentre as neoplasias malignas, o câncer colorretal ocupa o quarto lugar em incidência no Brasil. Uma das principais medidas de prognóstico está relacionada à quantidade de linfonodos acometidos. Sendo assim, muitos trabalhos estudam meios de correlacionar o número de linfonodos dissecados, com a probabilidade de se obterem linfonodos positivos.
Objetivos do estudo:
Determinar se a dissecção ≥ 12 linfonodos aumenta a probabilidade de se encontrar acometimento neoplásico nos mesmos em relação à menor ressecção. Avaliar a presença de invasão angiolinfática; perineural e mucina intracelular e correlacioná-la com diferenciação tumoral e classificação TNM. Correlacionar a média de nodos positivos com acometimento angiolinfático e perineural.
Métodos:
Foram analisados laudos anatomopatológicos de pacientes operados por câncer colorretal (CCR) de 1997 a 2013. A probabilidade (p) menor que 0,05 foi considerada para indicar significância estatística.
Resultados:
A média de linfonodos comprometidos foi maior quando um número ≥ 12 linfonodos foram dissecados (p = 0,001) (Kruskal-Wallis). Houve associação positiva entre a média de linfonodos afetados e a presença de invasão angiolinfática (p < 0,0001) ou perineural (p = 0,024). A invasão angiolinfática e a mucina intracelular estavam menos presentes em adenocarcinomas bem diferenciados. Invasão perineural e angiolinfática estiveram mais presentes nos estádios T4.
Conclusões:
A dissecção ≥ 12 linfonodos aumenta as chances de se encontrar nodo positivo. Existe relação entre invasão angiolinfática; perineural e mucina intracelular e o tipo de diferenciação tumoral, bem como a classificação TNM. A média de linfonodos comprometidos foi maior na presença de invasão perineural ou angiolinfática.
Palavras-chave:
Neoplasias colorretais; Linfonodos; Excisão de linfonodo