RESUMO
Introdução:
O carcinoma colorretal é uma das neoplasias com maior impacto social. Dada a grande heterogeneidade molecular e diversidade de mecanismos fisiopatológicos, torna-se difícil definir fatores de prognóstico que orientem a terapêutica.
Objetivos:
Identificar os fatores de prognóstico moleculares que poderão vir a ter interesse na prática clínica e fazer uma síntese da evidência existente.
Material e métodos:
A pesquisa dos artigos foi realizada recorrendo à plataforma PubMed e utilizou-se as palavras-chave “sporadic colorectal cancer and prognosis”, para artigos publicados entre 2014 e 2019. Foram selecionados todos os artigos publicados sobre estudos em humanos e escritos em inglês ou em português. Dos 215 artigos encontrados, foram selecionados 35 artigos para realizar esta revisão.
Resultados:
A evidência atual apoia a utilização de quatro marcadores moleculares na prática clínica – KRAS, NRAS e BRAF (via de sinalização do EGFR) e o estado mismatch repair.
Conclusão:
A utilização na prática clínica de biomarcadores moleculares para definir o prognóstico é ainda pouco apoiada pela evidência disponível. Os estudos são algo contraditórios, pelo que novos projetos e colaborações internacionais devem ser realizados neste âmbito para se obter evidência mais robusta.
Palavras-chave:
Carcinoma colorretal; Prognóstico; Instabilidade de microssatélites; Instabilidade cromossómica; Biomarcadores