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Uma nova abordagem para a anastomose retal mais baixa: inovação técnica e relatório preliminar de cinte casos

Resumo

Experiência e objetivos

Descrever uma inovação técnica prática (abordagem transanal pull-through) como uma alternativa viável, segura e eficaz à anastomose transabdominal retal baixa convencional com grampos em lesões com mínima diferenciação anatômica com respeito à mucosa intacta adjacente.

Material e métodos

Estudo prospectivo de série de casos de pacientes com cânceres retais baixos, polipose adenomatosa familiar e colite ulcerativa submetidos à transecção pull-through e a uma anastomose retal muito baixa com o uso de um grampeador linear não cortante TA-90 e um grampeador cortante circular.

Resultados

Nesta série, 20 pacientes (11 homens, 9 mulheres) foram submetidos a uma proctectomia pela técnica transanal pull-through. À exceção de um dos pacientes, que apresentou um abcesso pélvico no seguimento pós-operatório imediato, não ocorreram complicações com o procedimento cirúrgico e ao longo do prolongado período de seguimento, nem houve achados críticos de vazamento, estenose ou sangramento. O percentual de infecção e incontinência fecal no pós-operatório não foi significativamente diferente entre gêneros e nas diferentes faixas etárias dos pacientes envolvidos no estudo. O tempo cirúrgico médio foi de 169,9 ± 11,1 minutos.

Conclusão

O procedimento de transecção pull-through com o uso do grampeador não cortante TA-90 é técnica segura, eficaz e economicamente confiável para uso em lesões retais baixas. A abordagem transanal pull-through tem particular utilidade em situações nas quais a visualização direta de alterações na mucosa retal mais baixa muda o prognóstico, mediante a determinação da extensão marginal da mucosa intacta/envolvida (p. ex., FAP, adenomas vilosos, pólipos retais e tumores pós-quimiorradioterapia neoadjuvante).

Palavras-chave
Cirurgia colorretal; Anastomose retal baixa com grampos; Abordagem pull-through; Transanal; Transabdominal

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