Passados mais de 50 anos, desde que Brenda Milner começou a avaliar pacientes com epilepsia refratária, os testes utilizados nos centros de cirurgia de epilepsia são praticamente os mesmos. Pouco progresso ocorreu em relação ao surgimento de novas técnicas e métodos mais sensíveis e específicos para este fim. Parece que alcançamos o máximo com as técnicas padrões que possuímos o que nos leva a concluir, que sem a inclusão de novas metodologias, a possibilidade de diagnósticos mais específicos e fidedignos, não será mais possível. Novos paradigmas precisam ser desenvolvidos, assim como técnicas que permitam o mapeamento de funções cognitivas, como a Ressonância Magnética funcional. Neste artigo, discutimos a investigação neuropsicológica de pacientes com epilepsia refratária e questionamos alguns aspectos da avaliação da linguagem e memória, bem como sua utilidade para predizer a extensão dos déficits de memória que poderão ocorrer após a cirurgia. Além disso, fazemos referência as novas perspectivas de investigação neste contexto.
avaliação neuropsicológica; epilepsia refratária; linguagem; memória; Teste do Amobarbital Sódico; Teste de Escuta Dicótica; Ressonância Magnética funcional