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Efeito das crises epilépticas na qualidade de vida

OBJETIVO: Explicarmos a relação entre o efeito das crises epilépticas na percepção subjetiva de controle do paciente, e nos sintomas de depressão, ansiedade e qualidade de vida (QV). MÉTODOS: 151 adultos com epilepsia foram entrevistados e responderam o questionário de qualidade de vida (QOLIE-31), o STAI-II (Traço de Ansiedade) e o inventário de depressão de Beck (BDI). RESULTADOS: 45 pacientes (29.8%) apresentaram sintomas de depressão e 29 (19.2%), traço de ansiedade. O escore de depressão variou de 0 a 49 (M=7.4; SD=8.9) e o de ansiedade de 19 a 69 (M=41.5, SD=11.9).O escore total de QV foi associado ao controle de crises (p<0.001), percepção de controle da epilepsia (p<0.001), ansiedade (p<0.001) e depressão (p=0.003). A percepção de controle foi associada ao real controle de crises (p<0.001), frequência de crises (p<0.001), ansiedade (p<0.001) e depressão (p<0.001). O controle de crises foi associado à ansiedade (p=0.033) e depressão (p<0.001). Ansiedade e depressão foram correlacionadas (p<0.001). CONCLUSÃO: Este estudo aponta a importância da redução da frequência de crises, assim como o seu controle, na avaliação da percepção de controle da epilepsia e mostra que ansiedade e depressão são resultado de fatores associados ao controle à frequência de crises, assim como à percepção de controle e à QV.

Percepção de controle; epilepsia; depressão; ansiedade; frequência de crises; controle de crises


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