INTRODUÇÃO: A história da epilepsia estuda a evolução do conhecimento médico com as suas contradições e incrementos aqui abordados eurocentristicamente. A literatura relacionada é rica e extensa. METODOLOGIA: Revisão narrativa baseada em fatos históricos sobre epilepsia em perspectiva epistemológica. OBJETIVOS: Apresentar uma breve resenha da evolução do conhecimento e de fatos no decorrer de quase 2300 anos desde Hipócrates até meados do século XIX, na virada para a epileptologia moderna que tem como símbolo, John Hughlings Jackson (1834-1911). Mencionar, da era pré-moderna, as hipóteses sobre a origem das crises epilépticas (CE) no organismo humano e suas causas e os conseqüentes procedimentos terapêuticos. Arrolar, dos anos subseqüentes ao mestre inglês, aspectos fundamentais da epileptologia moderna através dos seus Centros precursores, personalidades e fatos mais marcantes: terapia medicamentosa e cirúrgica, diagnóstico neurofisiológico e o retorno à abordagem integrada biopsicossocial patrocinada pela Campanha Global Contra Epilepsia, Saindo das sombras. Considerar: personalidades com/ou apenas hipoteticamente com epilepsia; literatura feita por escritores com epilepsia ou expectadores das CE de pessoas com epilepsia ou conhecedores de relatos secundários delas; livros médicos e periódicos precursores sobre epilepsia. CONCLUSÃO: A história da epilepsia consegue fazer uma resenha da evolução do conhecimento médico o que pode ser feito for fatos científicos e suas interfaces socioculturais. Ela demonstra, por exemplo, a importância histórica do método dedutivo-hipotético na elucidação da fisiopatogenia da epilepsia, magistralmente feita por John Hughlings Jackson, ao lado do mais usualmente usado nas Ciências, o indutivo.
epilepsia; história; epistemologia