Open-access LEVEL OF PHYSICAL ACTIVITY AND RELATED FACTORS IN UNIVERSITY HEALTH AREAS: A LONGITUDINAL STUDY

jpe Journal of Physical Education J. Phys. Educ. 2448-2455 Universidade Estadual de Maringá ABSTRACT Physical inactivity ranks fourth among the main risk factors for mortality worldwide. Aim to relate a change or increase in the level of physical activity with socioeconomic variables and lifestyle over a six-month period in university students in the health field. This is a longitudinal study, consisting of 167 university students in the health area in northeastern Brazil. Use the "Map of Physical Activity and Health-MAFIS" as an instrument or questionnaire. The data were analyzed using descriptive statistics in the form of frequency and percentage, square test, posterior assembly of the logistic regression model. The results show that the university students who responded are “barely able” to wake up an hour earlier to perform protected physical activities by 78% (OR: 0.217; CI: 0.056-0.83) against the practice of AFLAZ compared to those who consider " quite capable ". It was concluded that the willingness to wake up 1 hour earlier is related to doing physical activity over a period of six months in health students. Introdução A urbanização, as transformações socioeconômicas (como maior acesso a renda, da escolaridade e acesso a informação), aumento da industrialização, da mecanização e a influência da globalização impactaram os hábitos de vida da população1),(2. Estes fatores característicos do desenvolvimento da sociedade humana têm contribuído para o aumento da prevalência de fatores de risco à saúde, como o sedentarismo que é o principal e independente fator de risco para diversas Doenças Crônicas Não Transmissíveis-DCNT3),(4),(5. Tais mudanças fizeram com que a atividade física passasse a ser estudada como peça fundamental para prevenção e promoção de saúde6. Segundo a Organização Mundial de Saúde7 a pratica insuficiente de atividade física ocupa o quarto lugar entre os principais fatores de risco de mortalidade a nível mundial, acometendo 1 em cada 3 adultos, as pessoas com nível insuficiente de Atividade Física têm entre 20% e 30% mais risco de morte comparado as pessoas que realizam pelo menos 30 minutos de AF na maioria dos dias da semana. Esses dados demonstram que 3,2 milhões de pessoas morrem apor ano devido a inatividade física7. Dados de prevalência de inatividade física em 122 países constataram que 31% da população mundial com idade igual ou superior a 15 anos estão abaixo dos níveis recomendados de AF para a saúde8. No Brasil, seis em cada dez pessoas (62,1%) com 15 anos ou mais não praticaram esporte e/ou atividade física entre setembro de 2014 e 2015, contra (37,9%), são mais de 100 milhões de sedentários e 61,3 milhões que se consideram mais ativos9. No contexto das instituições de ensino superior, diversos estudos, na sua maioria transversais tem relatado níveis elevados de pratica insuficiente de atividade física entre universitários10,11,12,13,14,15. Esses achados podem ser justificados por se tratar de uma população que tende a ser composta por adultos jovens com maiores chances de desenvolver doenças como a diabetes mellitus tipo 2, devido a uma rotina acadêmica influenciada pela tecnologia e que exige pouco esforço físico, assim como pela alimentação rápida e prática16. Segundo o censo da Educação Superior realizado pelo Ministério da Educação17, entre os anos de 2008 a 2018 o número de alunos matriculados no ensino superior cresceu de 5.843.322 para 8,45 milhões, o que significa um aumento de 44,6%. Dados que representam que uma significativa parcela da população é universitária. Sujeitos estes em processo de construção de novas relações sociais, com a possibilidade de adoção de hábitos e estilos de vida inadequados como consumo de álcool, tabaco, alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade, assim como outros fatores de risco18. Tendo em vista que grande parte dos universitários são jovens, fase esta oportuna para a consolidação do estilo de vida e adoção de hábitos que terão impacto na saúde futura19, identificar estes comportamentos, representa o início de tomada de decisões para se propor políticas e estratégias que possam oportunizar a comunidade, mudança de hábitos e aplicação de intervenções para a promoção da atividade física. Para tanto, acredita- se haver a necessidade de mais investigações com delineamento longitudinal que apresentem evidências de causa efeito da influência de determinantes (variáveis biológicas, sociais, comportamentais e ambientais) e correlatos na pratica de atividade física no lazer em universitários, assim nossa hipótese é que universitários que possuem um ou mais indicadores que se apresentam como barreiras e limitantes para a pratica de atividade física, tem menos chances de se tornarem ativos (alcançarem as recomendações de 150 minutos de atividade física) nos próximos seis meses, seguintes a linha de base. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo relacionar a mudança ou aumento do nível de atividade física com variáveis socioeconômicas e do estilo de vida no período de seis meses em universitários da área da saúde. Métodos Trata-se de um estudo longitudinal, com amostra não probabilística, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (parecer nº: 1.854. 595). Todos participantes foram informados sobre os objetivos e procedimentos aos quais seriam submetidos e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido- TCLE. A coleta de dados foi dividida em duas avaliações, com intervalo de seis meses, a primeira entre o período de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017 e a segunda entre os meses de junho a agosto de 2017. Participantes Participaram do estudo 167 universitários da área da saúde, regularmente matriculados nos nove cursos de graduação da área da saúde (Licenciatura e Bacharel em Educação Física, Ciências Biológicas, Enfermagem, Nutrição, Medicina, Oceanografia, Odontologia e Farmácia) da Universidade Federal em São Luís do Maranhão. Para cálculo da amostra considerou- se o nível de atividadade física como forma de lazer em adultos no município de São Luís- MA no ano de 2014 que correponde a 36,9%20. A hipótese de mudança do nível de atividade física entre a amostra classificada como “com indicares positivos” e “indicadores negativos” para alcançar as recomendações: 50% de chance do evento acontecer. O poder de teste é de 95% e o nível de significância de 5% com teste de hipótese bicaudal, utilizando a fórmula proposta por Lwanga e Lemeshow21 para delineamentos longitudinais, chegou-se a um calculo de 73 sujeitos por grupo de classificação para compor a amostra, considerando o modelo do estudo adicionou-se 30% de perda do momento inicial para o final22, assim, o cálculo final necessário foi de 95 sujeitos por grupo. Procedimentos Para coleta de dados utilizou-se o questionário online intitulado “ Mapa de Atividade Física e Saúde- MAFIS”, instrumento esse validado e em processo de publicação, composto por 41 perguntas divididos em quatro blocos temáticos: a) Nível de atividade física habitual-NAF e atual; b) Potencial para mudança do nível de atividade física; c) Auto eficácia; d) Preferências para a prática de atividade física e apoio social, além das perguntas de identificação do usuário. O instrumento MAFIS foi inserido na plataforma gratuita de formulários google, a mesma além de possibilitar a criação de questionários, armazena as informações coletadas. Para divulgação do estudo foram afixados cartazes e banners nos prédios dos cursos envolvidos, no ambiente virtual a pesquisa foi divulgada em redes sociais (facebook) e aplicativo de relacionamento (WhatsApp), optou-se por esses recursos pela facilidade, como inserção de links e tamanho do alcance que os mesmos possuem, além do baixo custo. A lista de informações necessárias dos alunos foi obtida por meio da Pró- Reitoria de ensino- PROEN da universidade. Em seguida foram enviados e-mails com os convites e explicações acerca da pesquisa e link do endereço eletrônico para ter acesso ao questionário MAFIS. O TCLE foi anexado no início do questionário, após leitura e consentimento acerca do estudo, o sujeito caso aceitasse participar clicava na opção “sim” que correspondia a “tenho interesse em participar do estudo”, logo em seguida eram carregadas e disponíveis o conteúdo do questionário para resposta, caso a resposta fosse “não” que correspondia ao desejo de não participar do estudo, o participante visualizava uma mensagem de agradecimento e o questionário não poderia ser acessado. A análise do NAF ficou restrita à variável atividade física no lazer- AFLAZ. Para isto, foi elaborado um escore de atividade física semanal, baseado nas recomendações de 150 minutos por semana propostos pela Organização Mundial de Saúde-OMS, no qual foi calculada frequência semanal (dias) pela duração média (minutos) multiplicada pelo peso da atividade (1 = leve a moderada; 2 = moderada a vigorosa; 1,5 = que se encaixem nos dois tipos), sendo os sujeitos classificados, após os cálculos de acordo com o escore obtidos em minutos, no qual, a) = 0 minutos/semana - inativo b) < 150 minutos/semana - insuficientemente ativo; c) ≥ 150minutos/semana - fisicamente ativo e d)= > 300 minutos/semana - muito ativo. Análise estatística A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva em forma de frequência absoluta e percentual. O teste de Qui-quadrado foi utilizado para verificar as possíveis associações entre a variável dependente (NAF) e independentes (sexo, tempo de pratica de atividade física, gostar de fazer atividade física, tempo gasto no transporte ativo, tempo dedicado aos estudos e acordar 1 hora mais cedo para prática de atividade física). O modelo final foi composto apenas pelas variáveis que apresentaram valor de p≤ 0,20, as mesmas foram selecionadas e ordenadas de maneira crescente de acordo com o valor de significância para entrar no modelo de regressão logística e foram construídas as estimativas de razão de chances (OR) e intervalos com 95% de confiança (IC 95%). O nível de significância adotado foi de 5%, utilizou-se o programa SPSS, versão 23.0. Resultados A amostra foi composta por discentes dos cursos de graduação da área da saúde, 284 aceitaram participar dos dois momentos (pré e pós seis meses), sendo considerado para análise no presente estudo os 167 sujeitos (58,8% da amostra) que não alcançaram as recomendações de 150 minutos de atividade física no primeiro momento do estudo. A tabela 1, apresenta dados relativos ao perfil socioeconômico e variáveis relacionadas ao estilo de vida dos universitários, verifica-se que a maioria dos participantes são do sexo feminino (70,1%), com idade entre 18 e 25 anos (74,9%), solteiros (63,5%), possuem renda familiar de até R$1.500,00 (53,3%), não priorizam AF (52,5%), dedicam 4 horas ou mais para o estudo (57,5%), não pensam em fazer AF (94%) e não praticam AF (59,9%). Tabela1 Descriçãoda amostra dos universitários da área da saúde, de acordo com sexo, curso e variáveis de atividade física. São Luís- MA, 2018 Variáveis f % Cursos de graduação Enfermagem 33 19,8 Medicina 23 13,8 Educação Física- Licenciatura 11 6,6 Outros (Educação Física bacharel, Biologia, Farmácia, Nutrição, Oceanografia e Odontologia) 100 60 Sexo Masculino 50 29,9 Feminino 117 70,1 Faixa etária 18 a 25 anos 125 74,9 26 a 34 anos 37 22,2 Acima de 35 anos 5 3 Situação conjugal Solteiro (a) 160 63,5 Namorando 52 31,1 Relação estável ou casado (a) 9 5,4 Renda familiar Até R$ 1500,00 89 53,3 Acima de 1.500,00 e R$ 2.500,00 76 45,5 Não sei/ não quero responder 1 0,6 Duração do sono Até 06 horas 82 49,1 Entre 6 e 8h 80 47,9 Acima de 8h 5 3 Prioriza a pratica de AFLAZ? Não 149 52,5 Sim 135 47,5 Tempo dedicado ao estudo Nenhum 12 7.2 Até 3horas 59 35,3 4 horas ou mais 96 57,5 Pensa em fazer AFLAZ? Não 157 94 Sim 10 6 Gosta de fazer AFLAZ? Não 101 60,5 Sim 66 39,5 Jornada de trabalho Não trabalha 97 58,1 Até seis horas 29 17,4 8 horas ou mais 41 24,6 Nível de AFLAZ Inativos 100 59,6 Insuficientes ativos 67 41,6 TOTAL 284 100 Nota: AFLAZ- atividade física no lazer; f- frequência. Fonte: Os autores Após a realização do teste de associação entre a variável dependente (NAFLAZ) e as variáveis independentes (sociodemográficas e do estilo de vida), apenas as variáveis gostar de fazer AF, tempo dedicado ao estudo, transporte ativo e sexo apresentaram valor de p≤ 0,20 e entraram no modelo de regressão. A tabela 2 apresenta o modelo final de regressão logística, ajustado pela variável tempo dedicado ao estudo, os universitários que responderam serem “pouco capazes” de acordar uma hora mais cedo para fazer atividade física estão protegidos em 78% contra a pratica de AFLAZ comparado aos que se consideram “bastante capazes” de acordar uma hora mais cedo. Tabela 2 Regressão logística ajustada pela variável tempo dedicado ao estudo, São Luís- MA, 2018 Variáveis Valor de p OR IC 95% Tempo dedicado ao estudo Nenhum 0,220 1 hora 0,559 2,649 0,101- 69,29 2 horas 0,438 0,248 0,007-8,39 3 horas 0,217 9,921 0,25-379,53 4 horas ou mais 0,644 2,000 0,106-37,68 Acordar uma hora mais cedo para af 0,026 0,217 0,056- 0,83 Constante 1,000 1,000 Nota: OR- odds ratio; IC95%- intervalo de confiança. Fonte: Os autores Discussão O presente estudo demonstrou que os universitários que declararam serem pouco capazes de acordar uma hora mais cedo estão protegidos em 78% (OR: 0,217; IC: 0,056- 0,83) contra a pratica de atividade, quando comparados a quem se considera bastante capaz. O perfil dos participantes da amostra é composta na sua maioria por mulheres, com idade entre 18 e 25 anos, que não gostam, não pensam e não priorizam fazer atividade física e possuem renda de até R$ 1.500,00. Segundo Colares, gênero e renda mais baixa são fatores que diminuem a chance de as pessoas serem ativas23. Além dos fatores socioeconômicos, variáveis como não gostar de fazer atividade física já é citada na literatura, um estudo realizado na Universidade Federal de Pelotas por com 485 universitários, encontrou uma associação positiva, gostar de fazer atividade física no lazer está associada ao NAF24, corroborando com os achados, segundo dados da pesquisa por Amostra de domicílios do IBGE, “não gostar” está entre um dos principais motivos que levam as pessoas a não praticarem atividade física ou esporte9 evidências que ajudam a explicar o fato deles não pensarem em sua maioria, logo não priorizam a adoção de uma prática regular de atividade física. Por se tratar de universitários acredita-se que quatro horas ou mais dedicadas ao estudo seja um comportamento aceitável, pois os mesmos são expostos a uma elevada carga de trabalhos e compromissos acadêmicos, participação em projetos de extensão e outras atividades curriculares, uma pesquisa desenvolvida com universitários da área da saúde em uma instituição no nordeste brasileiro constatou que a principal barreira para a pratica de AF esteve associada a jornada intensa de estudo25. Em relação a pratica de atividade física, verificou-se uma alta prevalência de inatividade física no lazer, 59,6% declara não praticar qualquer atividade física no tempo livre.. Prevalências semelhantes são apresentadas pelo VIGITEL no ano de 2016 para adultos da cidade de São luís- MA, somando as proporções inativos e insuficientemente ativos se percebe uma prevalência elevada que varia de 58,5 a 64%17. Corroborando com o trabalho um estudo que buscou avaliar atividade física com 388 graduandos, utilizando o IPAQ em uma Universidade Federal do Sul do Estado de Minas Gerais encontrou uma elevada prevalência (59,3%) de inativos fisicamente13, outra pesquisa caracterizada como revisão sistemática buscou investigar pratica insuficiente de atividade física em universitários brasileiros entre os anos de 2006 e 2011, os dados analizados em 14 estudos concluíram que estudantes universitários apresentam prevalências elevadas de inatividade física ou baixos níveis de atividade física, seja em termos globais ou no lazer18. Tais resultados aproximam-se dos achados do presente estudo e evidenciam um problema no que tange a prática regular de atividade física neste público. Esse comportamento pode se dar em virtude de o ingresso na universidade marcar o início de novas relações sociais, com possibilidade de adoção de hábitos e estilo de vida sedentário12. Conforme foi mostrado neste estudo, a única variável do estilo de vida relacionada a mudança ou aumento do NAF após um período de seis meses, foi “acordar uma hora mais cedo para fazer atividade física”, ajustado pelo variável tempo dedicado ao estudo. Os universitários que declararam serem pouco capazes de acordar uma hora mais cedo estão protegidos em 78% contra a pratica de atividade física. Acordar cedo é uma variável presente no bloco de autoeficácia do questionário MAFIS, que tem como foco investigar a capacidade do indíviduo adotar ou mudar hábitos. Segundo uma revisão sistemática de literatura26 que buscou analisar porque algumas pessoas são ativas e outras não, publicada na revista The Lancet, a autoeficácia se apresenta em estudos longitudinais como uma variável determinate para a pratica de atividade física em adultos. Já um estudo de delineamento transversal realizado por Araújo e Ferreira27 constatou que universitários da área da saúde não apresentavam disposição para realizar atividades físicas no turno matutino (p>0,003). Esse publico apresenta insatisfação quando se trata em qualidade do sono e disposição para fazer atividades do dia- dia28. Nossos resultados demonstram que aproximadamente 50% da amostra não dorme o mínimo de oito horas sugeridos pela literatura para se ter qualidade de vida, tais fatos podem contribuir para justificar os mesmos estarem protegidos contra a pratica de atividade física. A atividade física é entendida como um fenômeno de dimensões biológicas e culturais, inerente ao ser humano, que representa um determinante de saúde complexo, multifatorial e de difícil mudança nas populações29. Nota-se na literatura um número expressivo de estudos transversais, que embora sejam essenciais, apresentam associações que do ponto de vista estatístico, não se tem certeza se apresentarariam significancia em estudos com delineamentos longitudinais, pois não respondem a mudanças de comportamentos ao longo da sua vida acadêmica, o que representa, segundo Souza uma carência de metodologias e delineamentos que possam acompanhar a relação causa efeito nesta população30. O fato do nosso desenho ser longitudinal, pode contribuir para explicar porque em nossos achados, apresentamos resultados diferentes de outras publicações que avaliaram comportamentos relacionados a saúde em universitários, vale ressaltar que a presente investigação, utiliza um instrumento capaz de medir um conjunto maior de variáveis, o que do ponto de vista da epidemiologia é recomendado para que o pesquisador tenha convicção da relação da variável com o desfechecho31.Em se tratando da área da epidemiologia da atividade física é plenamente aceitável, pois segundo Baumam et al27 existem mais de 70 variáveis que se associam a pratica de atividade física em populações que vivem em países de baixa e média renda, incluindo variáveis biológicas, sociais, comportamentais e ambientais. Este estudo apresenta limitações, assim como pontos fortes que precisam ser mencionados: como limitação, cita-se o tempo de intervalo de seis meses entre as medidas, pois, tratando- se de comportamentos complexos, os mesmos poder vir a precisar de uma linha temporal maior para ser explicado. De forma positiva destaca- se o desenho longitudinal, possibilitando compreender a relação causal em termos temporais entre as condições de saúde e a pratica de atividade física em universitários, visto que os conhecimentos desses determinantes podem ser utilizados para minimizar comportamentos sedentários e levados em consideração para embasar estratégias mais eficazes que atendam as características e particularidades de grupos e populações, com espaços e opções para a pratica de atividade física dentro da universidade, também ressalta- se a utilização de um instrumento (questionário online) criado especificamente para ser utilizado em ambiente virtual, ferramenta esta que se apresenta de forma promissora para diminuir o custo financeiro em coletas dados e aumentar o alcance de sujeitos em pesquisas epidemiológicas. Conclusões Conclui-se que, a disposição para acordar 1 hora mais cedo se relaciona a mudança ou aumento do nível de atividade física em um período de seis meses em universitários da área da saúde. Referências 1 1 Duarte EC, Barreto SM. Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema. Epidemiol Serv Saúde 2012;21(4):529-32. Doi: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742012000400001 Duarte EC Barreto SM Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema Epidemiol Serv Saúde 2012 21 4 529 532 10.5123/S1679-49742012000400001 2 2 Schmidt MI, Duncan BB, Silva GA, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM, et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. The lancet 2011;377(9781):1949-1961. 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Doi: http://dx.doi.org/10.4067/S0034-98872015000800021 Cristi-Montero C Celis-Morales C Ramírez-Campillo R Aguilar-Farías N Álvarez C Rodríguez-Rodríguez F ¡Sedentarismo e inactividad física no son lo mismo!: una actualización de conceptos orientada a la prescripción del ejercicio físico para la salud Rev méd Chile 2015 143 8 1089 1090 10.4067/S0034-98872015000800021 5 5 Farias Júnior JC. (In) Atividade física e comportamento sedentário: estamos caminhando para uma mudança de paradigma? Rev Bras Ativ Fís Saúde 2011;16(4):279-280. Doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p279-280 Farias JC Júnior Atividade física e comportamento sedentário: estamos caminhando para uma mudança de paradigma? Rev Bras Ativ Fís Saúde 2011 16 4 279 280 10.12820/rbafs.v.16n4p279-280 6 6 Nahas MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf; 2017. Nahas MV Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo Londrina Midiograf 2017 7 7 Organização Mundial da Saúde [internet]. Atividade Física - Folha Informativa 2014 [acesso em 27 mar 2019]. Disponível em: Disponível em: http://actbr.org.br/uploads/arquivo/957_FactSheetAtividadeFisicaOMS2014_port_REV1.pdf Organização Mundial da Saúde [internet] Atividade Física - Folha Informativa 2014 27 mar 2019 Disponível em: Disponível em: http://actbr.org.br/uploads/arquivo/957_FactSheetAtividadeFisicaOMS2014_port_REV1.pdf 8 8 Hallal PC, Andersen LB, Bull FC, Guthold R, Haskell W, Ekelund U. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. The lancet 2012;380(9838):247-57. 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Doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.15n1p57-64 Mielke GI Ramis TR Habeyche EC Oliz MM Tessmer MGS Azevedo MR Atividade física e fatores associados em universitários do primeiro ano da Universidade Federal de Pelotas Rev Bras Ativ Fís Saúde 2010 15 57 64 10.12820/rbafs.v.15n1p57-64 25 25 Nascimento T, Alves F, Souza E. Barreiras percebidas para a prática de atividade física em universitários da área da saúde de uma instituição de ensino superior da cidade de Fortaleza, Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2017;22(2):137-146. Doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.22n2p137-46 Nascimento T Alves F Souza E Barreiras percebidas para a prática de atividade física em universitários da área da saúde de uma instituição de ensino superior da cidade de Fortaleza, Brasil Rev Bras Ativ Fís Saúde 2017 22 2 137 146 10.12820/rbafs.v.22n2p137-46 26 26 Bauman AE, Reis RS, Sallis JF, Wells JC, Loos RJF, Martin BW. Correlates of physical activity: why are some people physically active and others not? 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Florindo AA Hallal PC Epidemiologia da atividade física São Paulo Atheneu 2012
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