RESUMO
Na formação inicial, futuros professores deveriam aprender a como lidar com a elevada demanda cognitiva, emocional e comportamental decorrente do ensino. Ao mesmo tempo, precisam desenvolver e fortalecer a crença pessoal de que serão capazes de lidar com esses desafios. No contexto da educação física, essas demandas podem ser ainda mais desafiadoras dado o ambiente e as condições em que as aulas são ministradas. Este estudo teve por objetivo analisar a crença de autoeficácia docente para ensinar educação física e sua constituição a partir das experiências vividas durante a realização das disciplinas de estágio curricular supervisionado. 87 futuros professores (54% mulheres; idade média = 21,8) de uma universidade pública do interior do estado de São Paulo responderam a um questionário sociodemográfico, escala de autoeficácia docente e de fontes de autoeficácia docente. Para descrever as fontes de autoeficácia foram analisados os portfólios reflexivos produzidos como produto final do estágio supervisionado. Os futuros professores demonstraram moderada a elevada crença de autoeficácia, que foram sustentadas basicamente por experiências diretas de ensino e persuasões verbais. A relevância da autoeficácia docente para a formação dos professores, em particular, nos processos de formação inicial em educação física são discutidas.
Palavras-chave:
Ensino; Autoeficácia; Educação física; Estudantes