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Cobertura e ações educativas no âmbito do programa nacional de suplementação de vitamina A: estudo em crianças do estado de Alagoas Como citar este artigo: Lima RB, Ferreira HS, Cavalcante AL, Santos LG, Vieira RC, Assunção ML. Coverage and educational actions related to the national vitamin A supplementation program: a study in children from the state of Alagoas. J Pediatr (Rio J). 2020;96:184-92. , ☆☆ ☆☆ Estudo vinculado à Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Faculdade de Nutrição, Maceió, AL, Brasil. ☆☆☆ ☆☆☆ Artigo baseado na dissertação de mestrado de Riquelane Bezerra Menezes Lima, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.

Resumo

Objetivos

Estimar a cobertura do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A em crianças de Alagoas, identificar fatores associados a essa cobertura e analisar a adequação das ações de educação nutricional.

Métodos

Inquérito domiciliar que envolveu amostra probabilística representativa das crianças de 6 a 59 meses de Alagoas e suas mães (n = 509). A cobertura foi definida pelo percentual de crianças com registro de suplementação no último semestre. A associação entre as variáveis independentes (socioeconômicas, demográficas e de saúde) e a cobertura do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A foi analisada com base na razão de prevalência e seu IC95%. O conhecimento das mães sobre questões relacionadas à vitamina A foi assumido como indicador da adequação das ações de educação nutricional.

Resultados

A cobertura do programa foi de 91,9% entre crianças de 6-11,9 meses e de 38,6% entre as de 12-59 meses. Na análise ajustada, os fatores que se associaram à maior cobertura foram ter idade entre 6-11,9 meses (RP = 2,50; IC95%: 2,10-2,96), residir em zona rural (RP = 1,45; IC95%: 1,20-1,76) e morar em domicílio com ≤ 4 cômodos (RP = 1,33; IC95%: 1,09-1,63). Somente 26,1% das mães souberam citar algum alimento fonte de vitamina A e apenas 19,2% conheciam as consequências da deficiência dessa vitamina para a saúde.

Conclusões

A cobertura do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A encontra-se aquém das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde (exceto para crianças < 12 meses). Os fatores associados à maior cobertura evidenciam adequada focalização do programa. As atividades de educação nutricional não ocorrem de forma satisfatória. Essas informações devem nortear ações de aperfeiçoamento do programa.

PALAVRAS-CHAVE
Saúde pública; Vitamina A; Suplementação; Avaliação em saúde; Brasil

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