OBJETIVO:
Estimar a prevalência de astenopia em crianças até 18 anos por meio de uma análise sistemática e uma metanálise dos estudos de prevalência.
FONTES DOS DADOS:
Os critérios de inclusão foram estudos de base populacional de 1960 a maio de 2014 que relataram prevalência de astenopia em crianças. A busca foi feita de maneira independente por dois analisadores nas bases de dados PubMed, Embase e Lilacs, sem restrição de idioma. Essa análise sistemática foi feita de acordo com as diretrizes da Colaboração Cochrane e com a Declaração dos Itens de Relatório Preferidos para Análises Sistemáticas e Metanálise (Prisma). A escala Downs & Black foi usada para avaliação da qualidade.
SÍNTESE DOS DADOS:
De 1.692 citações possivelmente relevantes recuperadas de bases de dados eletrônicas e buscas de listas de referência, 26 foram identificadas como possivelmente elegíveis. Cinco desses estudos atenderam aos critérios de inclusão e incluíram 2.465 indivíduos. A prevalência total de astenopia foi de 19,7% (12,4-26,4%). A maioria das crianças com astenopia não apresentava anomalias de acuidade visual ou refração. O maior estudo avaliou 1.448 crianças de seis anos, com prevalência estimada de 12,6%. Os fatores de risco associados não foram claramente estabelecidos.
CONCLUSÃO:
Embora a astenopia seja um problema clínico frequente e relevante na infância, com possíveis consequências para o aprendizado, a escassez de estudos sobre a prevalência e o impacto clínico da astenopia prejudica o planejamento efetivo das medidas de saúde pública.
Astenopia; Fadiga ocular; Fadiga visual; Tensão ocular; Fadiga; Visual