OBJETIVO: Determinar a influência da sucção não-nutritiva e da estimulação oral nas taxas de amamentação na alta hospitalar, aos 3 meses e 6 meses de idade corrigida em recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso ao nascer. MÉTODOS: Foram randomizados 98 recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso ao nascer, e 96 permaneceram no estudo até o 6º mês de idade corrigida. Os recém-nascidos foram randomizados em grupo experimental e grupo controle. O grupo experimental recebeu um programa de estimulação (sucção não-nutritiva associado à estimulação sensório-motora-oral), e o grupo controle, um procedimento simulado a partir do momento em que atingiam alimentação plena até a alimentação oral completa. RESULTADOS: Observou-se que 59 (61,5%) recém-nascidos estavam em amamentação na alta, 31 (32,6%) aos 3 meses e apenas 18 (18,75%) aos 6 meses de idade corrigida. Na alta, 47% dos recém-nascidos do grupo controle e 76% do grupo estimulado estavam em amamentação. Aos 3 meses, 18% do grupo controle e 47% do grupo estimulado continuavam em amamentação, e aos 6 meses, 10% do grupo controle e 27% do grupo estimulado. Houve diferença estatística nos três períodos estudados, favorecendo o grupo estimulado (p < 0,05). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstra que a sucção não-nutritiva, associada à estimulação oral, pode contribuir para a melhoria das taxas de amamentação em pré-termos de muito baixo peso ao nascer.
Recém-nascido prematuro; aleitamento materno; comportamento da sucção