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Avanços em enterocolite necrosante

OBJETIVO: Avaliar relatos recentes sobre a enterocolite necrosante, com especial interesse na etiopatogenia, manejo e prevenção. FONTE DOS DADOS: Os artigos utilizados nessa revisão consistem em ensaios randomizados ou semi-randomizados, estudos de caso-controle, metanálises e artigos de revisão recentemente publicados. Alguns outros artigos foram selecionados devido à sua importância para o tema. RESULTADOS: A enterocolite necrosante é uma importante causa de morbimortalidade neonatal em prematuros. Entre esses, os nascidos com retardo de crescimento intra-uterino apresentam um risco mais elevado. O processo fisiopatológico inicia-se intra-útero e continua após o nascimento. Entre outros fatores envolvidos na fisiopatologia, estão a ação da arginina na produção do óxido nítrico intestinal e a ação do fator de crescimento epidérmico na regeneração celular. A perfuração intestinal ainda é um problema cirúrgico, e evidências melhores quanto à sua abordagem precisam ser avaliadas. Após a cirurgia, a extensão da alça intestinal remanescente, a preservação da válvula ileocecal, assim como a utilização precoce de leite materno ou solução de aminoácidos, são determinantes na duração da nutrição parenteral e no sucesso da readaptação intestinal. Estratégias preventivas estão centradas nas práticas alimentares e, recentemente, na suplementação de aminoácidos. CONCLUSÃO: Com um melhor entendimento do processo fisiopatológico, do manejo clínico e cirúrgico, assim como das medidas de prevenção, importantes resultados serão alcançados em termos de redução da morbimortalidade conseqüente à enterocolite necrosante.

Enterite necrosante; prematuridade; síndrome do intestino curto


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