Resumo:
Objetivos:
Comparar diferentes desfechos neonatais de acordo com as diferentes modalidades de tratamento do diabetes mellitus gestacional.
Métodos:
Trata-se de uma coorte retrospectiva. A população do estudo foi composta por gestantes com diabetes gestacional atendidas em uma maternidade pública de julho de 2010 a agosto de 2014. Foram incluídas mulheres com idade mínima de 18 anos, gestação única e com critérios para diabetes mellitus gestacional. Para decisão terapêutica foram considerados glicemias, circunferência abdominal fetal, índice de massa corporal e idade gestacional. Os desfechos neonatais avaliados foram: via de parto, prematuridade, relação do peso com idade gestacional, Apgar no 1º e 5º minuto e necessidade de internação em unidade de terapia intensiva.
Resultados:
A amostra foi composta por 705 gestantes. Os desfechos neonatais foram analisados com base na terapêutica recebida. Mulheres tratadas com metformina tiveram menor chance de ter filhos pequenos para a idade gestacional (IC 95%: 0,09-0,66) e maior chance de ter um filho adequado para a idade gestacional (IC 95%: 1,12-3,94). A gestante tratada com insulina teve menor chance de ter um filho prematuro (IC 95%: 0,02-0,78). O tratamento feito com a associação de insulina e metformina resultou em maior chance de um recém-nascido grande para a idade gestacional (IC 95%: 1,14-11,15) e menor chance de prematuridade (IC 95%: 0,01-0,71). A modalidade de tratamento não interferiu na via de parto, Apgar e internação em terapia intensiva.
Conclusões:
O pediatra na sala de parto pode esperar diferentes desfechos para o filho de mãe diabética, com base no tratamento recebido.
PALAVRAS-CHAVE
Diabetes mellitus gestacional; Tratamento; Desfechos