Resumo
Objetivos:
Analisar os fatores de risco para o óbito neonatal em Florianópolis, capital brasileira com a menor taxa de mortalidade infantil.
Método:
Os dados foram extraídos de coorte histórica, contando com 15.879 nascidos vivos. Utilizou-se modelo ordenando fatores de risco socioeconômicos, comportamentais e de utilização dos serviços de saúde, além do escore de Apgar e de fatores biológicos. Os fatores de risco foram analisados por regressão logística hierarquizada.
Resultados:
Com base na análise multivariada, os fatores socioeconômicos não mostraram associação com o óbito. Consultas pré-natais insuficientes apresentaram um OR 3,25 (IC95% 1,70-6,48) para óbito. Baixo peso ao nascer (OR 8,42; IC95% 3,45-21,93); prematuridade (OR 5,40; IC95% 2,22-13,88); malformações (OR 4,42; IC95% 1,37-12,43); baixo escore de Apgar no 1o (OR 6,65; IC95% 3,36-12,94) e no 5o (OR 19,78; IC95% 9,12-44,50) minutos associaram-se ao óbito.
Conclusão:
Diferente de outros estudos, as condições socioeconômicas não se associaram ao óbito neonatal. Pré-natal insuficiente, baixo escore de Apgar, prematuridade, baixo peso e malformações mostraram associação, reforçando a importância da universalização do acesso ao pré-natal e da integração deste com serviços de atenção ao recém-nascido, de média e alta complexidade.
PALAVRAS-CHAVE
Mortalidade; Recém-nascido; Fatores de risco