Objetivo:
Identificar prevalência e fatores associados à deficiência de vitamina A (DVA) entre crianças e adolescentes.
Métodos:
Estudo transversal envolvendo 546 escolares, com idade entre 7 e 14 anos, de ambos os sexos, matriculadas na rede pública do ensino fundamental. O sangue foi coletado para dosagem dos níveis séricos de retinol. A concentração de retinol das amostras foi determinada pelo método da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Coletaram-se dados antropométricos, alimentares, demográficos e socioeconômicos. Utilizou-se da regressão logística politômica para avaliar as associações de interesse.
Resultados:
Aproximadamente 27,5% dos estudantes apresentaram valores de retinol < 30 μg/dL. Em análise multivariada, verificou-se, após devidos ajustes, associação positiva e estatisticamente significante da DVA moderada/grave (OR = 2,19; IC 95%: 1,17-4, 10) e da DVA marginal (OR = 2,34; IC 95%: 1,47-3,73) com a idade < 10 anos. Verificou-se, igualmente, associação da DVA moderada/grave (OR = 2,01; IC 95%: 1,01-5,05) e DVA marginal (OR = 2,14; IC 95%: 1,08-4,21) com o estado antropométrico magreza. Menor consumo de retinol foi detectado entre aqueles com DVA grave.
Conclusão:
A deficiência de vitamina A configura-se como um problema de saúde preocupante entre os escolares e adolescentes. Constatou-se maior vulnerabilidade dos escolares de baixo peso e mais jovens à DVA.
Deficiência de vitamina A; Fatores de risco; Crianças; Adolescentes