Resumo
Objetivos:
Abordar o manejo diagnóstico e terapêutico das formas graves de alergia alimentar.
Fontes dos dados:
Busca ativa na base de dados Medline dos termos severe food allergies, anaphylaxis and food allergy e food protein-induced enterocolitis nos últimos dez anos e com busca nos campos título, resumo ou palavra-chave.
Síntese dos dados:
A alergia alimentar pode ser grave e ameaçadora à vida. Leite, ovo, amendoim, castanha, noz, trigo, gergelim, crustáceo, peixe e frutas podem precipitar emergências alérgicas. A gravidade das reações vai depender de fatores associados, tais como idade, uso de medicamentos no início da reação, persistência de asma e/ou rinite alérgica grave, história de prévia anafilaxia, exercício e doenças intercorrentes. Para anafilaxia, a adrenalina intramuscular é uma indicação bem estabelecida. Para o tratamento da síndrome da enterocolite induzida pela proteína alimentar na fase aguda no setor de emergência, fazem-se necessárias a pronta reposição hidroeletrolítica e a administração de metilprednisolona e odansetrona IV. Importante recomendar ao paciente com o diagnóstico de alergia alimentar grave que mantenha a dieta de exclusão, procure acompanhamento especializado e, naqueles que apresentaram anafilaxia, enfatizar a necessidade de portar adrenalina.
Conclusão:
Alergia alimentar grave pode se manifestar como anafilaxia ou síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar em fase aguda, as quais, por serem condições cada vez mais presentes e reconhecidas no setor de emergência pediátrica, demandam diagnóstico e tratamento imediatos.
PALAVRAS-CHAVE
Formas graves de alergia alimentar; Anafilaxia alimentar; Síndrome da enterocolite induzida pela proteína alimentar