Acessibilidade / Reportar erro

Alta frequência de S. aureus (MSSA-MRSA) em crianças com menos de um ano deidade com infecções de pele e do tecido mole Como citar este artigo: Salazar-Ospina L, Jiménez JN. High frequency of methicillin-susceptible and methicillin-resistant Staphylococcus aureus in children under 1 year old with skin and soft tissue infections. J Pediatr (Rio J). 2018;94:380-9.

Resumo

Objetivo:

O Staphylococcus aureus é responsável por um grande número de infecções na população pediátrica; contudo, as informações sobre o comportamento dessas infecções nessa população são limitadas. O objetivo do estudo foi descrever as características clínicas, epidemiológicas e moleculares de infecções causadas por Staphylococcus aureus suscetíveis e resistentes à meticilina (MSSA-MSRA) em uma população pediátrica.

Método:

Um estudo transversal descritivo foi realizado em pacientes entre 0 e 14 anos de idade de três instituições de alta complexidade (2008-2010). Todos os pacientes infectados com S. aureus resistentes à meticilina e uma amostra representativa de pacientes infectados com S. aureus suscetíveis à meticilina foram incluídos. As informações clínicas e epidemiológicas foram obtidas de prontuários médicos, e a caracterização molecular incluiu tipagem spa, Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE) e Tipagem de sequências multilocus (MLST). Além disso, o Cassete Cromossômico Estafilocócico mec (SCCmec) e genes de fatores de virulência foram detectados.

Resultados:

182 pacientes, 65 com infecções por S. aureus suscetíveis à meticilina e 117 com infecções por S. aureus resistentes à meticilina, foram incluídos no estudo; 41,4% dos pacientes com menos de um ano de idade. As infecções mais frequentes foram da pele e dos tecidos moles. Os históricos como internações em centros de atendimento e o uso prévio de antibióticos foram mais comuns em pacientes com infecções por S. aureus resistentes à meticilina (p ≤ 0,05). Dezesseis complexos clonais foram identificados, e as cepas de S. aureus suscetíveis à meticilina foram mais diversificadas. O cassete mais comum foi o Cassete Cromossômico Estafilocócicomec IVc (70,8%), relacionado à leucocidina de panton-valentine (pvl).

Conclusões:

Em comparação a outros locais, observamos uma prevalência de infecções em crianças com menos de um ano de idade na cidade; o que enfatiza a importância de conhecer a epidemiologia em nível local.

PALAVRAS-CHAVE
Staphylococcus aureus; MSSA; MRSA; Pediatria; Epidemiologia; Biologia molecular

Sociedade Brasileira de Pediatria Av. Carlos Gomes, 328 cj. 304, CEP: 90480-000 , Tel.: (+55 51) 3108-3328 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: assessoria@jped.com.br