OBJETIVOS:
Avaliar longitudinalmente o conteúdo mineral ósseo (CMO), a densidade mineral óssea (DMO) e a massa magra do corpo inteiro obtidos através da densitometria óssea de dupla absorção de Raios-X (DXA) em recém-nascidos pré-termo (RNPT) e comparar com seus pares a termo (RNT) desde o nascimento até 6 meses de idade pós-natal corrigida.
MÉTODOS:
Foram estudados 28 recém-nascidos adequados para a idade gestacional: 14 recém-nascidos pré-termo e 14 recém-nascidos a termo. Utilizando-se a DXA, foram determinados CMO, DMO e massa magra em três momentos: 40 semanas de idade pós-concepcional corrigida, 3 e 6 meses de idade pós-natal corrigida. Os recém-nascidos pré-termo apresentavam ao nascimento uma idade gestacional igual ou inferior a 32 semanas e receberam leite da própria mãe ou leite humano de banco.
RESULTADOS:
Todos os recém-nascidos apresentaram um aumento nos valores de CMO, DMO e massa magra durante o estudo. Os recém-nascidos pré-termo apresentaram menor CMO, DMO e massa magra, com 40 semanas de idade pós-concepcional corrigida, em relação aos recém-nascidos a termo (p < 0,001, p < 0,001, e p = 0,047, respectivamente). Entretanto, houve uma aceleração no processo de mineralização nos pré-termos, suficiente para atingirem os valores normais do recém-nascidos a termo aos 6 meses de idade corrigida.
CONCLUSÕES:
Este estudo sugere que a densitometria óssea de dupla absorção de Raios-X constitui um bom método para a avaliação dos parâmetros de composição corporal no início e no seguimento destes recém-nascidos pré-termo.
Prematuridade; Recém-nascido; Mineralização óssea; Densitometria; Leite humano