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Autopercepção de saúde e sua associação com atividade física e estado nutricional em adolescentes Como citar este artigo: Silva AO, Diniz PR, Santos ME, Ritti-Dias RM, Farah BQ, Tassitano RM, et al. Health self-perception and its association with physical activity and nutritional status in adolescents. J Pediatr (Rio J). 2019;95:458 -65. , ☆☆ ☆☆ Estudo vinculado a Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil.

Resumo

Objetivo:

Avaliar a associação entre atividade física total, atividade física no tempo livre e estado nutricional com a autopercepção de saúde em adolescentes de ambos os sexos.

Métodos:

Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, que integra o levantamento epidemiológico transversal de base escolar e abrangência estadual, cuja amostra foi constituída por 6.261 adolescentes (14 a 19 anos) selecionados por meio de uma estratégia de amostragem aleatória de conglomerados. Os dados foram coletados a partir do questionário Global School-based Student Health Survey. O teste de qui-quadrado (χ2) e o modelo de regressão de Poisson com variância robusta foram usados nas análises dos dados.

Resultados:

Observou-se que 27,3% dos adolescentes tinham uma autopercepção de saúde negativa, maior entre as meninas (33,0% vs. 19,0%; p < 0,001). Após o ajuste pelos potenciais fatores de confusão, constatou-se que tinham maior chance de ter uma autopercepção de saúde negativa os meninos que não praticavam atividade física no tempo livre (RP = 1,44; IC 95%: 1,15-1,81) e que eram classificados como insuficientemente ativos (RP = 1,27; IC 95%: 1,04-1,56) e as meninas que não praticavam atividade física no tempo livre (RP = 1,15; IC 95%: 1,02-1,29) e que eram classificadas como sobrepesadas (RP = 1,27; IC 95%: 1,01-1,29).

Conclusão:

Questões comportamentais podem ter diferentes repercussões na autopercepção de saúde quando comparados os meninos e meninas. A autopercepção de saúde negativa esteve associada ao estado nutricional entre as meninas e a um menor nível de atividade física entre os meninos e a prática de atividade física no tempo livre foi tida como fator de proteção para uma autopercepção de saúde negativa para os adolescentes de ambos os sexos.

PALAVRAS-CHAVE
Saúde do adolescente; Atividade física; Estilo de vida; Prevalência

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