Resumo:
Objetivo:
Analisar o efeito do catch-up de estatura na idade escolar na massa óssea em adolescentes em uma coorte brasileira de nascimento.
Métodos:
Estudo de coorte, utilizando dados dos três momentos (nascimento, aos 7/9 anos e 18/19 anos) da pesquisa Coortes-RPS. Catch-up de estatura foi definida a partir da diferença entre o Z-score do escolar e Z-score do nascimento. Para a análise da massa óssea em adolescentes foi utilizado o índice Z-score da coluna lombar medido pela densitometria por dupla emissão de raio X. Para análise proposta, foi construído modelo teórico usando os gráficos acíclicos direcionados e pareado por escore de propensão do tipo vizinho mais próximo utilizando o software STATA versão 14.0. O nível de significância adotado foi de 5%.
Resultados:
Das 297 crianças, 24,58% realizaram o catch-up estatural. Massa óssea abaixo do esperado para a idade foi de 5,39%. O Z-score médio da coluna lombar foi −0,34 (± 1,01). Após ajuste, não foi observado efeito entre catch-up de estatura na idade escolar e massa óssea no adolescente (Coef = 0,598; IC 95% −0,117-1,313; p = 0,101).
Conclusão:
Mesmo com os gráficos acíclicos direcionados e o método de inferência causal por ajuste do escore de propensão, o catch-up de estatura parece não afetar a massa óssea em adolescentes, resultado talvez relacionado ao tamanho da amostra.
Palavras-chave
Crescimento; Estatura; Densidade óssea; Estudos de coortes; Pontuação de propensão