Resumo:
Objetivo:
Revisar, de forma sistemática, as evidências em relação à eficácia do uso do brinquedo terapêutico sobre o comportamento e a ansiedade de crianças submetidas a procedimentos invasivos.
Fontes dos dados:
A busca da revisão sistemática foi efetuada nas bases MedLine, Lilacs, Central e Cinahl. Não houve limitação quanto ao ano ou idioma.
Síntese dos dados:
Na busca de literatura foram encontrados 1.892 artigos e selecionados 22 para leitura integral. Foram excluídos 8 que não respondiam aos objetivos avaliados nesta revisão. Foram incluídos 12 estudos, correspondentes a 14 artigos. Os estudos foram conduzidos entre 1983 e 2015, cinco no Brasil, um nos Estados Unidos, cinco na China, um no Líbano, um em Taiwan e um no Irã. A maioria dos estudos mostrou que a intervenção com brinquedo terapêutico promove redução no nível de ansiedade e favorece um comportamento de colaboração e aceitação do procedimento invasivo.
Conclusões:
As evidências relacionadas ao uso do brinquedo terapêutico sobre a ansiedade e comportamento de crianças submetidas a procedimentos invasivos ainda são questionáveis. A ausência, na maioria dos estudos, de uma geração de sequência aleatória para direcionamento dos sujeitos para os grupos controle ou experimental e do sigilo de alocação são fatores que contribuem para esse questionamento. Uma outra questão que caracteriza importante fonte de viés é o não cegamento dos avaliadores. Se fazem necessárias novas pesquisas que levem em consideração um maior rigor metodológico.
PALAVRAS-CHAVE
Criança; Jogos e brinquedos; Ansiedade; Comportamento; Assistência hospitalar