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Consumo de tabaco parental e desenvolvimento infantil

OBJETIVO:

Analisar a relação entre o consumo de tabaco parental e a prevalência de distúrbios no desenvolvimento psicomotor em crianças entre os seis e os 22 meses.

MÉTODO:

Participaram do estudo 109 mães e pais e seus bebês. As circunstâncias sociodemográficas e clínicas foram avaliadas com recurso a questionários. O consumo de tabaco foi avaliado com o Teste de Fagerström para a Dependência Tabagística (Heatherton, Kozlowski, Frecker & Fagerström, 1991). O desenvolvimento infantil foi avaliado com a Escala do Desenvolvimento Psicomotor da Primeira Infância (Brunet & Lézine, 1951).

RESULTADOS:

Há uma correlação negativa significativa entre o fumo matinal (FTND) do pai e o quociente de desenvolvimento de linguagem da criança, r = -0,41, p = 0,005, r 2 = 0,15. As crianças de mães sem dependência tabagística têm em média um quociente de desenvolvimento de linguagem superior às crianças de mães com dependência tabagística, F (1,107) = 5,51, p = 0,021, ?p 2 = 0,05.

CONCLUSÃO:

O consumo de tabaco parental parece ter um efeito prejudicial para o desenvolvimento da criança.

Desenvolvimento psicomotor; Consumo de tabaco; Parentalidade


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