Resumo
Objetivo:
Descrever o conhecimento científico atual sobre os efeitos do exercício físico no crescimento das crianças e adolescentes desde a vida intrauterina.
Fonte dos dados:
Pesquisa nas bases de dados Medline, Embase, Scielo e Cochrane que envolveu estudos publicados desde 1990 até 2018. Foram incluídos estudos com diferentes desenhos: ensaios clínicos, coorte, transversais e revisões.
Síntese dos dados:
Foram identificados estudos que abordaram o tema, exercício físico ou atividade física e crescimento pondero-estatural ou dos tecidos ósseo ou muscular. Os estudos foram analisados, classificados e apresentados por faixa etária: fetos, recém-nascidos pré-termos, pré-escolares, escolares e adolescentes. Observou-se que quase todos os estudos apontaram para a segurança do exercício físico de leve a moderada intensidade, tanto para a gestante como para a criança e o adolescente, inclusive tanto os exercícios aeróbicos como os anaeróbicos. Os estudos identificados não comprovaram que a prática de exercícios físicos ou determinados esportes, em especial o basquete e a ginástica de solo, exerciam influência no crescimento linear das crianças ou adolescentes. Alguns estudos demonstraram um maior crescimento do tecido ósseo e muscular em crianças e adolescentes atletas.
Conclusões:
Apesar do pequeno número de estudos com metodologia adequada, em especial ensaios clínicos randomizados, as evidências parecem indicar que o exercício físico seja seguro, tanto para a gestante como para a criança, desde a vida fetal até adolescência. O exercício físico não parece comprometer o crescimento linear da criança e contribui para moldar de forma ideal os tecidos ósseo e muscular e assegurar possíveis efeitos benéficos ao longo da vida.
PALAVRAS-CHAVE
Atividade física; Exercício físico; Crescimento; Criança; Adolescente