A produção de sementes e mudas é de extrema importância para evitar a perda da biodiversidade da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. Agricultura biossalina é a produção agrícola sob uma variedade de níveis de salinidade nas águas subterrâneas e /ou em solos. Este trabalho objetivou avaliar a produção de mudas de Anadenanthera macrocarpa, Myracrodruon urundeuva, Aspidosperma pyrifolium e Erythrina velutina com agricultura biossalina, através do estudo do metabolismo germinativo das sementes submetidas a diferentes condutividades elétricas (CE) de solução salina ou água biossalina. Sementes germinaram em água biossalina (4,94 dS.m-1) e em soluções de NaCl com CE de 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18 dS.m-1, a 25 ºC, fotoperíodo de 12 h. Variáveis cinéticas de germinação foram avaliadas. Sementes e plântulas foram analisadas para biomoléculas de reserva, prolina e enzimas antioxidantes. As sementes da Caatinga são altamente tolerantes à salinidade, com germinação limitada em CE acima de 12 dS.m-1. Embora, alta CE promova alterações no metabolismo sementes, permitindo tolerância à salinidade, a produção de mudas é indicada em CE inferior a 6 dS.m-1. Assim, a produção de mudas da Caatinga é viável através da agricultura biossalina, pois as águas subterrâneas da região apresentam-se dentro deste nível.
enzimas antioxidantes; germinação; mobilização de reserva; estresse salino