Resumo:
Para espécies nativas do Brasil existe uma grande necessidade de informações científicas que permitam a produção e armazenamento eficiente de sementes. O presente trabalho avaliou as alterações fisiológicas e moleculares em sementes de Hancornia speciosa armazenadas em soluções conservativas. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema de parcelas subdivididas, com oito repetições. Nas parcelas, soluções conservativas (A, B, C e D) e nas subparcelas, períodos de armazenamento (50, 100, 150 e 200 dias). Foram analisadas as variáveis: teor de água, raios-X, germinação, comprimento da parte aérea, raiz e massa seca de plântulas, condutividade elétrica, concentração e qualidade do ácido ribonucleico, concentração de peroxidase e proteínas resistentes ao calor. O teor de água manteve-se acima de 50% e 88% das sementes estão cheias e bem formadas. Com o aumento dos períodos de armazenamento, ocorre redução na germinação, comprimento da parte aérea, raiz e massa seca de plântulas e aumento da condutividade elétrica. Proteínas resistentes ao calor não foram suficientes para proteger as sementes contra danos macromoleculares e as concentrações de RNA e peroxidase diminuíram ao longo do armazenamento. As sementes armazenadas nas soluções B e C são mais vigorosas, sendo tais soluções indicadas para conservação de H. speciosa.
Termos para indexação:
conservação ex situ; proteínas resistentes ao calor; mangabeira; recalcitrante; RNA