Resumo
O tratamento endovascular dos aneurismas de aorta abdominal é atualmente a modalidade de tratamento mais comum. Os endoleaks representam a causa mais frequente de reintervenção após o tratamento endovascular. O diagnóstico do tipo de endoleak frequentemente é incerto, tornando o tratamento desafiador. Apresentamos o caso de um paciente de 72 anos, com endoleak após 2 anos de tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Os exames de imagem pré-operatórios sugeriam um endoleak tipo III; entretanto, durante aortografia com contraste iodado, não foi possível identificá-lo. Optamos por realizar aortografia com dióxido de carbono (CO2), sendo, então, identificado um endoleak tipo IA, que foi tratado com sucesso com o uso de uma extensão (cuff) proximal. O papel do CO2 no diagnóstico de endoleaks ainda não está claro. Relatamos um caso em que o uso do CO2 foi essencial para o diagnóstico e para a decisão de tratamento do endoleak tipo IA.
Palavras-chave:
endoleak; procedimento endovascular; aneurisma; dióxido de carbono; angiografia