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Avaliação da cicatrização induzida pela membrana de celulose porosa depois da retirada total da pele em dorso de ratos

RESUMO DE DISSERTAÇÃO

Avaliação da cicatrização induzida pela membrana de celulose porosa depois da retirada total da pele em dorso de ratos

Nelson Yaguishita

Membro efetivo, SBACV

RESUMO

INTRODUÇÃO: Existem, atualmente, mais de 2.000 tipos de curativos disponíveis no mercado internacional destinados a feridas e queimaduras, o que provoca inúmeras dúvidas a respeito da melhor indicação terapêutica.

OBJETIVO: Analisar os efeitos da cicatrização induzida pela membrana de celulose porosa depois da retirada total da pele do dorso de ratos.

MÉTODO: Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba. Foram estudados 40 ratos (Rattus norvegicus) da raça Wistar, distribuídos aleatoriamente da seguinte maneira: 20 animais no grupo controle (GC) e 20 animais no grupo membrana (GM). Na região anatômica padronizada, foi ressecado um segmento total de pele, utilizando-se um molde de silicone de quatro cm de diâmetro e um bisturi de lâmina, expondo-se a face muscular dorsal. Após o ato operatório, foi aplicado curativo com gaze seca (GC) ou uma Membracel®, desidratada e estéril (GM). Os animais foram mortos no 7º, 14º, 21º e 28º dias do pós-operatório (DPO). Para tanto, cinco animais do GM e cinco do GC foram colocados sob campânula, e mortos por meio de overdose inalatória de éter etílico. Na macroscopia, foram estudados o fundo e a área da lesão, sendo que para a avaliação do fundo do ferimento utilizou-se a classificação pelo sistema de cores da seguinte maneira: vermelha, amarela e preta. Para a medida da área da ferida, foi utilizada a planimetria digital. Já na microscopia, a epitelização foi qualificada após coloração de hematoxilina eosina e a colagenização após a coloração de picrosirius. Definiu-se previamente um valor de significância quando p < 0,05.

RESULTADOS: A análise comparativa entre os animais do GM com os do GC revelou que no GM o fundo da ferida apresentou predominância da coloração vermelha a partir do 14º DPO (n = 10 GM = 40% e GC = 0%; p = 0,0476) e área de ferida aberta com diminuição significante a partir do 21º DPO (GM = 12,71%±4,69 e GC = 24,67%±7,22; p = 0,0317). A reepitelização completa (n = 10 GM = 50% e GC = 10%; p = 0,0476) e a deposição de colágeno maduro (n = 10 GM = 50% e GC = 10%; p = 0,0476) foram observadas a partir do 14º DPO para ambas variáveis.

CONCLUSÃO: Neste experimento, o uso da membrana de celulose porosa favoreceu a cicatrização em ferimento de pele total na região dorsal de ratos.

Palavras-chave: Membrana de celulose porosa, cor da ferida, área de lesão, reepitelização, colágeno, ratos.

Artigo submetido em 22.04.07, aceito em 10.05.07.

Conflito de interesse: Nelson Yaguishita recebeu bolsa de Mestrado da CAPES durante a realização deste trabalho. Não tem participação societária nem recebeu auxílios da empresa fabricante.

Trabalho realizado no Instituto de Pesquisas Médicas (IPEM) do Programa de Pós-Graduação em Princípios de Cirurgia da Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR) e Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC). Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. Jurandir Marcondes Ribas Filho

Co-orientadora: Profa. Dra. Célia Toshie Yamamoto

Apresentação: 09/08/2006

Banca examinadora: Prof. Dr. Henrique Jorge Stahlke Júnior (UFPR), Prof. Dr. José Fernando Macedo (FEPAR), Prof. Dr. Hamilton Moreira (FEPAR e UFPR).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Set 2007
  • Data do Fascículo
    Jun 2007
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