Resumo
Contexto
O implante de filtro de veia cava é considerado um procedimento de baixa complexidade, o que pode resultar em indicação excessiva. No entanto, não é isento de complicações a curto e longo prazo.
Objetivos
Avaliar as taxas de implantes de filtro de veia cava realizados pelo Sistema Único de Saúde e a origem geográfica e mortalidade intra-hospitalar dos pacientes.
Métodos
Foi conduzida uma análise em um banco de dados públicos referente às taxas de implantes de filtro de veia cava realizados de 2008 a 2018 na cidade de São Paulo, utilizando o sistema de big data.
Resultados
Foram analisados 1.324 implantes de filtro de veia cava financiados pelo Sistema Único de Saúde. Identificou-se tendência de aumento da taxa de implantação até 2010 e de redução dos números após esse período. Do total de pacientes, 60,5% eram do sexo feminino; 61,75% tinham menos de 65 anos; e 34,07% possuíam endereço oficial em outra cidade ou estado. A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 7,4%.
Conclusões
Observamos aumento das taxas de implante de filtro de veia cava até 2010 e redução das taxas após esse período, o que coincide com o ano em que a organização norte-americana Food and Drug Administration publicou uma recomendação para melhor avaliar as indicações de filtros.
Palavras-chave:
filtro de veia cava; epidemiologia; sistema público de saúde; taxa de mortalidade; trombose; embolia pulmonar