CONTEXTO:
O diabetes e especificamente o problema do pé diabético representam grave adversidade ao sistema de saúde pública. As amputações resultantes deste agravo ainda são frequentes em nosso meio, embora não se conheça ao certo a sua magnitude. A taxa de amputações de membros inferiores tem sido considerada um indicador da qualidade dos cuidados preventivos do pé diabético.
OBJETIVO:
Identificar a existência de associação entre amputações e fatores relacionados às pessoas, à morbidade e à atenção básica recebida.
MÉTODOS:
Estudo transversal que incluiu uma amostra de 137 portadores de pé diabético internados em hospital de grande porte da cidade do Recife. Realizou-se análise de regressão logística.
RESULTADOS:
Verificou-se associação para as variáveis: idade de 60 anos ou mais; procedência da Região metropolitana; renda de até três salários mínimos; presença de gangrena à admissão; glicemia de 126 mg/dL ou mais; tabagismo; não receber informação dos resultados da glicemia; não ter os pés examinados, e não receber orientação sobre cuidados com os pés nas consultas do ano anterior.
CONCLUSÕES:
Fatores relacionados à Atenção Básica, tais como o tempo de ocorrência da úlcera, a informação dos resultados do exame de glicemia e a falta de orientação sobre cuidados com os pés, estiveram associados com a ocorrência de amputações de membros inferiores.
pé diabético; amputação; atenção básica