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TELEOLOGY AND NOUS IN PLOTINUS’S ENNEAD VI.7* * Warm thanks to Kevin Corrigan for guiding me in the study of Neoplatonism, as well as for reading an earlier draft of this article. I am also grateful to an anonymous reviewer for several valuable suggestions.

RESUMO

Neste artigo, argumento que a crítica de Plotino contra a deliberação divina na Enéada VI.7 não busca banir toda teleologia de sua filosofia da natureza. Ao contrário, sua crítica procura adequar a teleologia ao seu sistema metafísico de forma a torná-la consistente com os princípios básicos que regem o universo inteligível. Nesse sentido, Plotino não propõe banir das explicações naturais toda referência às noções de utilidade ou benefício, mas busca conciliar essas noções com uma ontologia na qual o Intelecto tem sempre prioridade sobre o mundo sensível. Para esse fim, Plotino introduz, em primeiro lugar, o que chamo de uma teleologia vertical, segundo a qual as diferentes espécies animais criam as condições necessárias para a manutenção de formas mais elevadas de vida inteligível, como genera. Em segundo lugar, Plotino introduz uma teleologia horizontal, por meio da qual os vários órgãos animais fornecem um coeficiente mínimo de conteúdo noético para cada espécie em seu respectivo nível ontológico. Desse modo, Plotino esboça uma teleologia propriamente ‘noética’ na Enéada VI.7.

Palavras-chave:
Plotino; Teleologia; Intelecto; Filosofia da Natureza.

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