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Political philosophy, ethnology, and time: a study of the notion of historical handicap

Esse artigo começa por identificar o papel central da noção de incapacidade histórica para a literatura de Latin American studies produzida no pós-guerra. Tal noção não foi criada pelos Latinoamericanistas contemporâneos. É possível identificar o embrião da noção de incapacidade histórica nos mitos primitivistas da antiguidade clássica e, a partir daí, examinar as várias maneiras com que ela foi recebida e rearticulada pela tradição filosófica ocidental. Esse estudo é feito tendo em vista a incorporação da noção de incapacidade histórica a teorias etnológicas. Quando e como o "outro" passou a ser visto como o "atrasado", o "primitivo"? Se na antiguidade clássica essa identificação era incompleta, na era moderna teorias de desenvolvimento histórico se tornaram a fonte principal de categorias etnológicas. É importante notar que a síntese moderna dessas teorias também serviram para justificar as aventuras imperialistas Européias: a era dos descobrimentos, e o colonialismo do século XIX. O artigo termina apontando para a necessidade de um exame crítico dos propósitos e aplicações do conhecimento produzido pelas ciências sociais do presente.


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