RESUMO
O objetivo deste artigo é mostrar que as interpretações "tradicional" e "resoluta" não livraram o "Tractatus" da aparente autoderrota paradoxal. Argumento que essas leituras apresentam apenas uma nova roupagem ao paradoxo. A leitura "tradicional" de Hacker acaba atribuindo uma conspiração metafísica ao "Tractatus", o que é incompatível com os objetivos do livro. A leitura "resoluta" de Diamond e Conant atribui a Wittgenstein uma conspiração autoral, o que contradiz suas opiniões sobre autoria e método. Com base nas dificuldades encontradas em ambos os lados do debate atual, concluo este artigo propondo vários requisitos que a correta interpretação do "Tractatus" deve preencher.
Palavras-chave:
Wittgenstein; "Tractatus"; leitura resoluta; paradoxo; Kierkegaard