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DEVELOPMENT OF LOGIC IN INDIA: SIGNIFICANCE OF 'THE DUOLOGUE BETWEEN PĀYĀSI AND KASSAPA' ("LONG DISCOURSES")

RESUMO

'O duólogo do rei/governador Pāyāsi' ("Discursos Longos") há muito tempo é reconhecido como uma fonte da corrente protomaterialista da época do Buda. O que é necessário ressaltar é o significado desse texto como um indicador do desenvolvimento da lógica na Índia. Percepção (observação e experimento que empregam o método dúplice do acordo e da diferença), aceita como método de investigação experimental, e raciocínio por analogia, que no máximo pode conduzir a uma conclusão provável - apenas esses dois são os meios utilizados para dirimir a disputa que diz respeito à existência do outro-mundo. A versão jaina do mesmo duólogo-cum-parábola, mesmo com variações que concernem ao nome e à identidade do monge que se opõe ao rei/governador, contém o mesmo contraste, a dizer, percepção contra raciocínio por analogia. Não há muita dúvida de que a parábola original foi concebida com o intuito de afirmar a existência do outro-mundo. Entretanto, na Kaṭha Upaniṣad (século sexto a.C.), um texto bramânico mais antigo, em vez do argumento por analogia, o testemunho verbal (śabda) foi invocado para resolver o mesmo ponto. Naciketas é tomado pela dúvida sobre a existência da pessoa depois da sua morte. A autoridade de Yama, o Plutão da mitologia indiana, é invocada para convencê-lo que o outro-mundo existe. Portanto, as três parábolas juntas exibem três meios de conhecimento em função: testemunho verbal e argumento por analogia opostos à percepção.

Palavras-chave
Argumento por analogia (raciocínio analógico); experimento; observação; outro-mundo (paraloka); testemunho verbal (śabda)

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