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A SKETCH ON NĀGĀRJUNA'S PERSPECTIVES ON "RELATION"* * I am grateful to Giuseppe Ferraro for having read with insightful philosophical analysis and criticism a first draft of this paper, and to Ramkrishna Bhattacharya for his notes on the text and his help with my English.

RESUMO

O objetivo deste artigo é proporcionar um esboço da maneira na qual Nāgārjuna aborda a ideia de 'relação'. O conceito de 'relação' que encontramos nas fontes pāli é aqui sistematizado teoricamente conforme três padrões: 1. (onto)lógico, 2. existencial estritamente subordinativo, 3. existencial não estritamente subordinativo. Após ter discutido a recepção e o tratamento nagarjunianos desses três padrões, este estudo dedica atenção especial à relação existencial não estritamente subordinativa. Esse tipo de relação visa descrever a maneira na qual os fatores da cooriginação condicionada estão ligados entre eles, e é tipificada por Nāgārjuna pelo exemplo da ligação pai-filho. Para explicar a doutrina da cooriginação condicionada à luz do exemplo pai-filho, um modo possível aqui sugerido é por meio do recurso à teoria do 'Cambridge change'. Embora no cânone pāli se diga que o modelo de relação existencial não estritamente subordinativa se aplique a todos os outros fatores da cooriginação condicionada, não há nenhuma evidência direta de que ele concerna também à ligação avidyā-saṃskāras. Será mostrado como Nāgārjuna, ao aplicar esse modelo à ligação avidyā-saṃskāras, pareça introduzir uma nova perspectiva na teoria da cooriginação condicionada.

Palavras-chave
Nāgārjuna; Cânone pāli; Relação; pratītyasamutpāda; Cambridge change

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