Resumo em Português:
Resumo A teoria crítica tardia de Theodor W. Adorno é considerada por muitos como quietista e resignada. O presente artigo busca questionar tal veredito por meio de uma análise tanto do diagnóstico de época, feito pelo autor, quanto da relação entre teoria e práxis delineada nas obras do período tardio do pensador frankfurtiano. Sugere-se que, em vez de resignada, a teoria crítica de Adorno está engajada seja nos processos de resistência à barbárie latente, seja nas melhorias pontuais que poderiam ser conseguidas no interior da ordem vigente. Tal engajamento, no entanto, não significa um abrandamento da tese de que a possibilidade de emancipação estaria bloqueada.Resumo em Inglês:
Abstract Theodor W. Adorno's late critical theory is often regarded as quietist and resignated. This article seeks to question this verdict through an analysis of both the diagnosis of time made by the author as of the relationship between theory and praxis outlined in Frankfurtian thinker's late works. It is suggested that instead of resigned, Adorno's critical theory is engaged either in processes of resistance to the latent barbarism, whether in specific improvements that could be achieved within the existing order. This engagement, however, does not mean a mitigation of the thesis that the possibility of emancipation would be blocked.Resumo em Espanhol:
RESUMEN La filosofía hegeliana en general, y en particular la “Ciencia de la lógica” y el tratamiento que en esta se hace sobre nociones como las de identidad y diferencia, generaron desde el momento mismo en que vio la luz, un sinnúmero de posiciones críticas tales como las de Schelling, los hegelianos de izquierda y, en general, de todos aquellos filósofos que, en virtud de las posibles implicaciones prácticas de una filosofía de la identidad buscaron “expurgar la semilla del dragón del panteísmo hegeliano”, entre las cuales es necesario mencionar la legitimación de estados totalitarios y los genocidios asociados a ellos. Esta búsqueda, fue realizada sobre la afirmación de que el pensamiento hegeliano, al estar soportado sobre la identidad (absoluto, estado, etc.), implica una negación y, por tanto, aniquilación y reducción de la diferencia. En este sentido, el presente artículo busca examinar la noción hegeliana de la identidad, la correspondencia o no de las críticas que sobre el particular se han hecho sobre Hegel y, finalmente, analizar una de las salidas que, desde las interpretaciones hegelianas más recientes, se han hecho para responder a las críticas: la filosofía hegeliana in stricto sensu, una filosofía de la diferencia.Resumo em Inglês:
ABSTRACT The Hegelian philosophy in general, and in particular the “Science of Logic” and the treatment that in this is made about notions as identity and difference, generated since its conception a countless critical positions such as those of Schelling, the left Hegelian and, in general, of all those philosophers who, accordingly with the posible practical implications of a philosophy of identity sought to “purge the dragon’s seed from Hegelian pantheism” among which it is worth to mention the legitimization of totalitarian states and genocide associated with them. This search was made on the assertion that Hegelian thought, being supported on the identity (absolute, State, etc.), implies a negation and, therefore, annihilation and reduction of the difference. In this sense, the present article seeks to examine the Hegelian notion of identity, the correspondence or not of the criticisms that have been made about Hegel and, finally, to analyze one of the outlets that, from the most recent Hegelian interpretations, have been made to respond to the criticisms: the Hegelian philosophy in stricto sensu, a philosophy of the difference.Resumo em Inglês:
Abstract in English: The present contribution analyses two writings of Heidegger which have almost never been examined until now: The Uniqueness of the Poet (1943) and Evening Conversation: In a Prisoner of War Camp in Russia between a Younger and an Older Man (1945). These writings are very important for the comparative study of Heidegger's philosophy and East Asian thinking, not least because they are based on the Taoist idea of the necessity of the unnecessary (無用之用, wuyongzhiyong). Heidegger's reception of this idea is, as shown in this contribution, not simply a bare adoption, but rather a creative appropriation of East Asian thought for his own thinking of Being. First, this contribution shows Heidegger's confrontation with the idea of wuyongzhiyong. It then attempts to reflect on the extent to which the artwork, as that which seems to be useless, is necessary in a results-oriented society by looking at Heidegger's philosophy of art.Resumo em de:
Abstract in German Der vorliegende Beitrag widmet sich zwei Schriften Heideggers, die bisher kaum untersucht worden sind, nämlich Die Einzigkeit des Dichters (1943) und Abendgespräch in einem Kriegsgefangenenlager in Rußland zwischen einem Jüngeren und einem Älteren (1945). Diese Schriften sind vor allem insofern bemerkenswert, als der taoistische Gedanke der Notwendigkeit des Unnötigen (無用之用, wuyongzhiyong) in ihrem Zentrum steht. Heideggers Rezeption dieses Gedankens ist, wie im vorliegenden Beitrag gezeigt wird, aber keine bloße Aufnahme, sondern vielmehr eine schöpferische Aneignung des ostasiatischen Gedankengutes für sein eigenes Seinsdenken. Zunächst wird Heideggers Auseinandersetzung mit dem Gedanken der Notwendigkeit des Unnötigen dargestellt. Danach wird versucht, im Anschluss an Heideggers Kunstphilosophie darüber nachzudenken, inwiefern das Kunstwerk als das Unnötige in der Leistungsgesellschaft notwendig ist.Resumo em Português:
Resumo O objetivo de meu trabalho é o esclarecimento de quatro características distintivas do sistema hegeliano como projeto de uma filosofia livre de pressuposições. Para tanto, pretendo reconstruir a conexão entre os seguintes traços constitutivos do conceito operativo de Voraussetzungslosigkeit (ausência de pressuposição): em primeiro lugar, a imanência do real ao pensar objetivo; em segundo, a integração do ceticismo pirrônico ou antigo ao modo de apresentação científica do pensar; em terceiro lugar, a configuração do elemento lógico em termos de um movimento de circulação de si mesmo; em quarto, a subversão da compreensão ordinária da dupla conceitual "abstrato-concreto". A reconstrução assim oferecida permite argumentar sobre conclusões relevantes para compreender adequadamente a ambição do projeto especulativo de Hegel: em primeiro lugar, a ausência de pressuposições só pode confirmar-se enquanto prova científica por meio da subversão das certezas arraigadas no senso comum; em segundo, a prova da imanência é científica na medida em que mostra o necessário entrelaçamento do aspecto ontológico com o aspecto epistemológico do sistema, tornando-o invulnerável a objeções céticas de tipo radical; em terceiro, o sistema não é de modo algum reduzível à estrutura da Enciclopédia, pois essa é apenas um auxílio didático para a apresentação do sistema, cujo significado verdadeiro pode ser atingido unicamente pela organização cada vez mais concreta dos silogismos da ideia da filosofia.Resumo em Inglês:
Abstract The aim of my article is the clarification of four distinctive characters of Hegel's system as a project of a presuppositionless philosophy. For this purpose, I will reconstruct the connection among the following features of the operative concept of presuppositionlessness: in the first place, the immanence of the real in the objective thinking; in the second place, the integration of pyrrhonian or ancient skepticism into the scientific way of presentation of thinking; in the third place, the configuration of the logical element in terms of an inner circulation; in the fourth place, the subversion of the ordinary understanding of the couple 'abstract-concrete'. This reconstruction allows me to argue for some conclusions relevant for the understanding of the ambitions of the Hegelian speculative project. In the first place, presuppositionlessness can be confirmed as a scientific proof only if the subversion of the commonsensical distinctions between abstract and concrete succeeds. In the second place, the proof of the immanence is scientific insofar as it shows the necessary intertwinement of the ontological aspect with the epistemological aspect of the system, making it invulnerable to radical skeptical objections. In the third place, the system is by no means reducible to the structure of the Encyclopedia, since this is only a didactic support for the presentation of the system, whose true meaning can be attained only by the more and more concrete organization of the syllogisms of the idea of philosophy.Resumo em Português:
RESUMO Neste artigo, primeiramente, apresento tese de Kripke sobre a possibilidade de se adquirir conhecimento de verdades contingentes a priori e a crítica de Keith Donnellan a essa tese. Depois, exploro a distinção que Donnellan faz entre (a) saber que uma sentença é verdadeira e (b) conhecer a verdade que essa sentença expressa. Argumento que essa distinção não é relevante apenas no contexto de sua crítica ao contingente a priori, mas sim para nossa prática com nomes próprios de modo geral. Tento mostrar que conhecer o significado de nomes próprios não se resume à nossa competência linguística com eles, mas depende de termos acquaintance com seus portadores. Se isso é verdadeiro, então a tese do contingente a priori, tal como formulada por Kripke, não pode estar correta.Resumo em Inglês:
ABSTRACT In this paper I first present Kripke's thesis regarding the possibility of acquiring a priori knowledge of contingent truths and Keith Donnellan's criticism of this thesis. Second, I explore a distinction that Donnellan makes between (a) knowing that a sentence expresses a truth and (b) knowing what truth this sentence expresses. I argue that this distinction is not relevant only in the context of his criticism of the contingent a priori, but also to our practices with proper names in general. I try to show that knowing the meaning of proper names cannot be reduced to our linguistic competence with them, but that it depends on an acquaintance relation to their bearers. If this is true, then the thesis of the contingent a priori, as formulated by Kripke, cannot be correct.Resumo em Português:
Resumo O argumento do Terceiro Homem presente no “Parmênides” constitui uma formidável objeção à teoria das Ideias, à qual Platão não apresentou resposta explícita. A despeito disso, cremos ser possível haurir da filosofia platônica uma solução para a referida objeção, solução esta que estaria verossimilmente à disposição do filósofo. Sendo assim, compreende-se que Platão não tenha sido forçado a renunciar à teoria das Ideias, ao menos no que se refere às dificuldades que o Terceiro Homem lhe opõe.Resumo em Inglês:
Abstract The Third Man Argument presented in the “Parmenides” is a formidable objection to the Theory of Forms, one which Plato did not provide an explicit answer to. In spite of that we believe it is possible to draw from Plato’s philosophy a solution to the referred objection, and one which likely would be available to the philosopher. Thus, it becomes clear that Plato was not forced to renounce his Theory of Forms, at least with regard to the difficulties that the Third Man Argument raises to it.Resumo em Espanhol:
Resumen Husserl emprendió varias presentaciones sintéticas de la fenomenología con el propósito de darla a conocer ante públicos amplios. En el presente trabajo estudiaremos el enfoque de las Conferencias de París, su proyección en las Meditaciones cartesianas y el destino del proyecto de la versión alemana en tensión con la redacción del Sistema de filosofía fenomenológica, a los efectos de establecer sus rasgos distintivos, evaluar los alcances del abandono del neocartesianismo, que suele asociarse con el último período de producción de Husserl y, situar la dirección de estas últimas presentaciones en el clima intelectual que les dio origen.Resumo em Inglês:
Abstract Husserl undertooks several synthetic presentations of phenomenology in order to make it known to broader audiences. In the present work we will study the approach of the Paris Lectures, their projection in the Cartesian Meditations and the idea of the German version in tension with the writing of the System of phenomenological philosophy, in order to establish its distinctive features, to evaluate the abandonment of neocartesianism that is usually associated with the last period of Husserl's production and to identify the direction of these presentations in the intellectual climate that gave rise to them.Resumo em Espanhol:
Resumen La cuestión del tiempo es uno de los principales objetos de estudio que ocuparon a Simone Weil . En efecto, está intensamente presente en su obra desde sus primeros textos hasta sus últimos escritos (1943). La razón es de peso: para esta autora es a través del tiempo que accedemos a la realidad y a toda posibilidad de sentido en sta. Ahora bien, nuestra intención es mostrar que si bien es cierto que la concepción del tiempo de S. Weil, en sus años de madurez, se erige desde una perspectiva espiritualista, mística y religiosa, en su primera época (1925-1931) la filósofa se instala en una ontológica fuertemente influenciada por Kant, que la lleva a restringir lo temporal al marco de la experiencia posible, en el sentido que le da el pensador alemán.Resumo em Inglês:
Abstract The question of time is one of the most important subjects in Simone Weil’s philosophy. Indeed, time’s issue is intensively present in her works from her earlier texts until her last writings (1943). This can be explained by the fact that, for this author, it is through time that we can access to reality and find any sense into the latter. That being said, our goal is to show that, if certainly it can be affirmed that S. Weil’s conception of time in her maturity years is constructed from a spiritual, mystic and religious perspective, at the opposite, in her first period (1925-1931), the philosopher settles her views through an ontology strong influenced by Kant, which conducts her to limited temporal matters into the frame of possible experience, according to the definition of this expression given by the German thinker.Resumo em Português:
Resumo Procuramos demonstrar, a partir de uma relação entre a noção adorniana de estilo tardio e obras tardias de Deleuze - sobretudo L’épuisé, que trata da obra igualmente tardia de Beckett para a televisão - que há no pensamento deleuziano uma importante reflexão sobre a morte. Procuramos salientar a presença desta ideia e diferenciar a morte da noção de negativo, criticada pelo autor. Uma vez traçada a natureza desta reflexão, pretendemos questionar sua relevância no estudo da obra de Beckett.Resumo em Inglês:
Abstract In this article, we sought to demonstrate that there is in Deleuze’s philosophy an original reflection on death, which cannot be exhausted by an idea of negativity so common inside the Hegelian tradition. To achieve this objective a relation will be draw between Adornian notion of late style and Deleuze's late works - especially L'épuisé, We seek to highlight the presence of this idea of death and to differentiate it from the notion of negative so criticized by Deleuze. Once drawn the nature of this reflection, we intend to question its preponderance in Beckett's late works for television.Resumo em Português:
Resumo Este artigo pretende avaliar o papel da imagem na história do atomismo e sua relação com a ideia da visualização do invisível da matéria, com enfoque nas perspectivas epistemológicas de Gaston Bachelard. As origens do atomismo estão ligadas à visão, mas é somente no final do século XVI que a iconografia atomística surge. No artigo, a autora procura evidenciar a tentação humana para o “reino das imagens”: (1) começando por explanar a importância da “metafísica da poeira” (segundo Bachelard, a poeira conferiu uma imagética fundadora à tese atomística); (2) fazendo notar que o termo “átomo” designou entidades diversas e ressaltando a importância conferida à geometria nas concepções atomísticas, tão presente ao longo da história do atomismo filosófico; (3) tecendo considerações sobre uma das primeiras imagens do átomo - Area Democriti, de Giordano Bruno; (4) colocando em destaque a problemática da imagem no atomismo contemporâneo e do seu radical abstracionismo; (5) explorando o paradoxo da utilidade das imagens a partir de várias obras bachelardianas; (6) mostrando que Bachelard não parece tomar a noção de imagem em sentido lato e que distinguir imagens de não-imagens é supor que ela tenha uma essência e classificação estável; e, por fim, (7) apontando para o fato de cada vez mais a filosofia da ciência tentar apurar qual a função que a iconografia pode ter na criação científica e na transmissão de conhecimento.Resumo em Inglês:
Abstract This article aims to evaluate the role of image in the history of atomism and its relation with the idea of visualization of the invisible of matter, focusing on the epistemological perspectives of Gaston Bachelard. The origins of atomism are linked to vision, but it is only in the late sixteenth century that the atomistic iconography appears. In the article, the author seeks to evince the human temptation to "the realm of images": (1) starting by expounding the importance of the "metaphysics of dust" (according to Bachelard, dust conferred a founder imagery to the atomistic thesis); (2) noting that the term "atom" has designated several entities and emphasizing the importance given to geometry in atomistic conceptions, so present throughout the history of philosophical atomism; (3) making considerations about one of the first images of the atom - Area Democriti, of Giordano Bruno; (4) by highlighting the problematics of the image in contemporary atomism and of its radical abstractionism; (5) exploring the paradox of the usefulness of images from various works of Bachelard; (6) showing that Bachelard does not seem to take the concept of image in a broad sense and that to distinguish images of non-images is to assume that it has an essence and stable classification; and, finally, (7) pointing to the fact that increasingly the philosophy of science attempts to investigate what function the iconography may have in scientific creation and transmission of knowledge.Resumo em Francês:
Résumé L’article vise à souligner la signification politique de l’avènement de la Critique kantienne. Pour ce faire, une double thèse est défendue : (I) il y a une matrice juridique sous-jacente au mouvement conceptuel de la philosophie critique, dont (II) la puissance émancipatrice et révolutionnaire se manifeste à la lumière du contexte historique de sa formulation. L’argument se déploie de la façon suivante : (i) une exploration des rapports entre la formule « révolution de la pensée » que l’on trouve dans la Critique de la raison pure et le contexte historique de la publication l’œuvre ; ensuite (ii) un examen de la métaphore juridique et la façon dont elle incarne l’idée d’une philosophie critique ; et pour conclure (iii) la suggestion d’une hypothèse interprétative d’après laquelle le « contrat originaire » est un opérateur conceptuel accomplissant un mouvement analogue à celui qui est exigé de la philosophie critique : le passage du niveau individuel au niveau intersubjectif.Resumo em Inglês:
Abstract The aim of the article is to highlight the political significance of the advent of Kant’s Critique. In order to establish it, a double thesis is defended: (a) there is a juridical matrix underlying the conceptual movement of the critical philosophy, whose (b) emancipatory and revolutionary strength is revealed in the light of the context of its formulation. The argument will be deployed in the following way: (i) an exploration of the connections between the formula “a revolution in thought” articulated in the Critique and the historical context of its publication; followed by (ii) an exam of the juridical metaphor of the Tribunal and the way in which it embodies the idea of a critical philosophy and finally, as a conclusion, (iii) the suggestion of an interpretative hypothesis according to which the notion of contract is a conceptual operator accomplishing an analogous movement to the one required from the critical philosophy: the passage from the subjective level to the intersubjective one.Resumo em Português:
RESUMO De acordo com a teoria das funções de verdade, a verdade/falsidade de uma proposição é computável a partir da verdade/falsidade das suas proposições “internas”: para cada proposição (composta) há uma função (a respectiva) entre valores de verdade. Aplicada a proposições modais, origina a semântica dos mundos possíveis e, aplicada a proposições normativas, origina uma semântica que reduz os conceitos normativos aos conceitos modais, a semântica modal. Esta redução fica posta em questão com a existência dos chamados ‘paradoxos da lógica deôntica’. Estes não podem ser vistos como meras anomalias, mas devem ser vistos como indícios da incorreção da semântica modal. Em todos eles, a regra da necessitação, assim como o axioma da distribuição, “não batem certo”. Não obstante, o cumprimento/incumprimento das normas (não a verdade/falsidade das proposições normativas) já é computável a partir da verdade/falsidade das proposições que expressam os estados de coisas devidos.Resumo em Inglês:
ABSTRACT According to the theory of truth-functions the truth/falsehood of a proposition is computable from the truth/falsehood of its “internal” propositions: for each (molecular) proposition there is a function (its own function) between truth values. Possible world semantics arises from the application of that theory to modal propositions; modal semantics - the reduction of normative concepts to modal concepts - arises from its application to normative propositions. But the ‘paradoxes of deontic logic’, as they are called, undermine such reduction: they cannot be seen as mere anomalies but instead as evidence for the wrongness of modal semantics. In all these paradoxes, the necessitation rule, as well as the distribution axiom, fail. Nevertheless, the fulfillment/nonfulfillment of norms (not the truth/falsehood of normative propositions) is computable from the truth/falsehood of the propositions which express the required states of affairs.Resumo em Português:
RESUMO No Curso de Inverno de 1928/29, Heidegger afirmou que a matematização irrestrita no conhecimento dos seres vivos resultaria numa falha no propósito de elaborar a ontologia da vida orgânica. No presente artigo, examino as razões que justificam essa concepção. Com base em interpretações das investigações de biólogos como Hans Driesch J. v. Uexküll e Hans Spemann, o argumento de Heidegger integra quatro passos: 1) uma abordagem mereológica do corpo orgânico, concebido como uma unidade funcional de aptidões e intrinsecamente relacionado a um ambiente; 2) uma análise formal da constituição dinâmica das aptidões, cuja estrutura pulsional consiste no atravessamento regulatório de uma dimensão; 3) uma interpretação do princípio de unificação das aptidões em termos da aptidão para comportar-se com algo em um ambiente. Esta argumentação leva a duas conclusões gerais: a matematização irrestrita implica uma descrição mecânica que supõe a desconsideração da determinação modal dos organismos; a estrutura dimensional, regulatória e protointencional das aptidões orgânicas é o fator limitante da matematização da vida.Resumo em Inglês:
ABSTRACT In the Winter Course of 1928/29, Heidegger declared that an unrestricted mathematical determination in the knowledge of living beings would imply a failure in the purpose of developing the ontology for organic life. In this paper, I examine the reasons that justify this idea. Based on interpretations of biological researches carried by Hans Driesch, J. v. Uexküll and Hans Spemann, Heidegger’s argument has three steps 1) a mereological account of the organic body, which is conceived both as a functional unity of capabilities and as intrinsically related to an environment; 2) a formal analysis of the dynamic constitution of capabilities, which instinctually driven structure is a regulatory traversing of a dimension; 3) an interpretation of the unification principle of capabilities, which is conceived as a capability of behaving towards something within an environment. This argument entails two general conclusions: first, the unrestricted mathematical determination implies a mechanical description that presupposes the neglect of the modal structure of organisms; second, the dimensional, regulatory and proto-intentional structure of the organic capabilities is the limiting factor of the mathematical determination of living organisms.