Resumo
O presente artigo, a partir dos relatos de Experiências de Quase-Morte catalogados em entrevistas, analisa a importância da linguagem na construção de narrativas de sentido. De modo qualitativo, o texto argumenta como perspectivas individuais podem revelar contextos culturais. Para tal, os questionamentos são embasados em três pontos centrais: (1) Como são construídas as narrativas das Experiências de Quase-Morte por quem as experienciou?; (2) Quais as implicações dessas narrativas na percepção simbólica e na linguagem?; e (3) Como tal experiência regula os padrões emocionais dos informantes a partir da linguagem, produzindo o que pode ser chamado de idioma cosmológico? Um dos principais resultados encontrados consiste na importância da linguagem na produção da cultura humana, uma vez que ela se apresenta como o meio essencial de expressão de sentidos e por onde são compartilhados sentimentos, pensamentos, emoções, ações e tempos, desenvolvendo, consequentemente, sistemas de sentidos (mitos, artes, religião, família, economia e política).
Palavras-chave:
Cultura; Linguagem; Narrativas; Experiências; Morte