Resumo
Este artigo analisa três charges de artistas gráficos brasileiros (Fraga, 2020; Duke, 2020; Silva, 2020a) elaboradas para contestar conceitos hegemônicos e opressores, destacando a carnavalização e o corpo grotesco como mecanismos subversivos em resposta aos discursos de Bolsonaro durante a crise da Covid-19. Com amparo nos estudos de Bakhtin (2010), Cañizal (2006) e Discini (2006), busca-se compreender como o riso e a caricatura emergem como formas de resistência à ordem autoritária. Os resultados indicam que a carnavalização, ao ridicularizar o discurso unívoco do ex-presidente, desvela processos subversivos que desafiam a censura e promovem questionamentos do autoritarismo.
Palavras-chave:
Pandemia da Covid-19; Carnavalização; Corpo Grotesco; Riso; Charges