Resumo
O artigo explora a concepção de sujeito da modernidade filosófica em sua relação com o discurso científico sobre a deficiência e suas consequências para a inclusão escolar. Perspectivas contemporâneas sobre a educação inclusiva apontam a necessidade de questionar os fundamentos modernos e eurocentrados da exclusão e a desconsideração de aspectos interseccionais na análise dos sujeitos público-alvo das políticas. A persistência de uma compreensão desligada de aspectos culturais, sociais e políticos na consideração da subjetividade de pessoas com deficiência evidencia um campo colonizado por um ideal de sujeito com base moderna iluminista, o que contribui para a perpetuação de discursos estigmatizantes fundamentados na noção de anormalidade.
Palavras-chave:
Deficiência; Filosofia da educação; Discurso Científico; Educação Especial; Educação Inclusiva