Resumo
Este artigo discorre sobre as problematizações arquegenealógicas foucaultianas buscando-se articulá-las com os pressupostos teóricos da Análise do Discurso de vertente francesa a fim de analisar o discurso publicitário de curso de idiomas, mais especificamente sobre como se constituem potenciais sujeitos aprendizes e aprendizagem de língua inglesa nesse espaço enunciativo. Verifica-se a proficuidade do pensamento foucaultiano, em especial no que concerne às noções de verdades, saberes e poderes, e como tais conceitos podem servir ao analista como ferramenta metodológica de análise. Analisa-se uma peça publicitária produzida por curso de língua inglesa e, nesse exercício, apresenta-se aspectos atinentes à constituição de sujeitos aprendizes e aprendizagem dessa mesma língua em nosso país. Apresenta-se como considerações que: 1. Compete sempre ao brasileiro aprender a LE e utilizá-la, nunca ao estrangeiro; 2. Há um apagamento de outras habilidades em proveito da produção oral; e 3. É dado ao estrangeiro o lugar daquele que tem saber e, também, que possui poder(es).
Palavras-chave:
Arquegenealogia; Aprendiz; Curso de idiomas; Discurso publicitário; Língua inglesa