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A PERFORMATIVIDADE DE CORPOS FEMININOS QUE NÃO SE CALAM: AS INDEXICALIZAÇÕES DA FIBROMIALGIA

The Performativity of Female Bodies that Do Not Silence: The Indexicalizations of Fibromyalgia

La performatividad de cuerpos femeninos que no se callan: las indexicalizaciones de la Fibromialgia

Resumo

A constituição subjetiva feminina - discursiva, portanto - requereu historicamente várias formas de resistência para ter lugar no mundo social, as quais produziram sofrimentos ou foram pela dor produzidas. Não solucionada pelo discurso médico, a Fibromialgia, síndrome dolorosa que acomete predominantemente mulheres, parece representar o corpo que resiste - em um jogo de relações de poder, de discursos sempre em disputa. A performatividade de mulheres fibromiálgicas, nas discursividades em que se constituem, pode sinalizar para aquilo que o corpo parece não querer silenciar, embora a medicalização assim intente fazer. Esses sinais podem ser compreendidos em alguma medida como indexicalizações discursivas em sentido amplo, para além das formas linguísticas em sentido estrito, na medida em que apontam para discursos sobre o que é ser mulher e o que pode ser uma mulher.

Palavras-chave:
Discurso; Performatividade; Resistência; Histeria; Fibromialgia

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